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"De governos submissos já há muitos exemplos"

O ex-governante Bagão Félix comentou esta noite no seu espaço semanal na SIC Notícias os resultados das eleições gregas, considerando que, apesar dos riscos de que se siga uma “ilusão”, há aspetos positivos a reter, nomeadamente por “a vontade política de um povo ter vencido de forma categórica a vontade dos mercados”.

"De governos submissos já há muitos exemplos"
Notícias ao Minuto

22:47 - 28/01/15 por Pedro Filipe Pina

Política Bagão Félix

Bagão Félix comentou esta noite na antena da SIC Notícias as eleições gregas, considerando que, embora haja o risco de “ilusão” por parte dos gregos e que, no seu caso, “nunca votaria Syriza se fosse grego”, há aspetos positivos, entre os quais o facto “de a vontade política de um povo ter vencido de forma categórica a vontade dos mercados”.

Para o antigo governante, este aspeto é relevante, já que estamos “numa Europa demasiado tecnocratizada”. Embora os fatores “económicos, financeiros e monetários sejam obviamente importantíssimos”, Bagão Félix considera que a “União Europeia não pode ser construída constantemente na base de separar povos”.

Sobre as atuais circunstâncias gregas, o ex-ministro das Finanças recordou que “a classe média foi dizimada” e que a situação é “absolutamente dramática para muitas famílias”. Por essa razão, considera que os gregos optaram por rejeitar o cenário que já conheciam, da austeridade, e optaram por arriscar “no desconhecido”, ainda que este possa vir a mostrar-se uma “ilusão”.

Sobre o novo governo grego, liderado por Alexis Tsipras, do Syriza, Bagão Félix afirmou que “de governos submissos já há muitos exemplos”, fazendo ainda uma crítica a Passos Coelho, que catalogou as intenções gregas de renegociar a dívida como um “conto de crianças”. “A expressão do primeiro-ministro foi mais ‘merkeliana’ que Merkel”, considerou Bagão Félix.

Já sobre as primeiras medidas anunciadas pelo novo governo grego, que terão já levado a perdas em bolsa e à ameaça da Standard & Poor’s em baixar a notação do país, o comentador considerou que “algumas medidas são provocatórias para quem quer entrar em diálogo aberto” e que seria mais “prudente” tomar algumas medidas simbólicas – expectáveis na chegada de um novo governo – mas que não fragilizassem a possibilidade de futuras negociações.

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