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Bloco não será o CDS de António Costa

O coordenador bloquista João Semedo advertiu hoje que o BE não será "o CDS de António Costa", que acusou de ter posto na "gaveta funda do PS" a renegociação da dívida, os salários e o fim da sobretaxa.

Bloco não será o CDS de António Costa
Notícias ao Minuto

13:40 - 22/11/14 por Lusa

Política João Semedo

"Em menos de um mês, o futuro líder do PS António Costa já colocou na gaveta a renegociação da dívida, a recuperação dos salários e o fim da sobretaxa de IRS, tudo na gaveta em menos de um mês. E nós sabemos tão bem como é funda a gaveta do PS", afirmou.

Discursando na IX Convenção do BE, que decorre no Pavilhão do Casal Vistoso, em Lisboa, João Semedo considerou que a ideia "de que o país pode mudar por pequenos remendos é uma ilusão que pode sair cara" e questionou "que mais surpresas terá para dar um governo de António Costa".

"O PS quis ser o partido da Europa, do tratado orçamental, dos compromissos, o partido da obediência. Dissemo-lo tantas vezes e não nos cansaremos, não há nenhuma solução para a crise sem recusar as regras de Bruxelas. Queira o PS ou não, esta é uma evidência", declarou.

Para João Semedo, "não há alternativa de esquerda sem o BE" que deve conseguir juntar "na indignação e no protesto para a construção da alternativa homens e mulheres de esquerda, com ou sem partido, socialistas, comunistas, bloquistas, independentes".

O coordenador bloquista apelou para que os militantes não se deixem encantar "por vozes de sereia" e recusem "o veneno do voto útil", afirmando que o caminho do BE "não é ajudar o PS".

"Nós no BE não bebemos desse veneno, o nosso caminho não é ajudar o PS, ajudar o centro. O BE não é, não será o CDS de António Costa", disse.

João Semedo considerou que não é possível "ignorar o passado do PS" ou "pôr os contadores a zero e acreditar que amanhã o governo do PS faria diferente se alguém os empurrasse para a esquerda".

"Dizem-nos que somos nós nesta sala que bloqueamos a esquerda. Eu convido-os a ouvir Francisco Assis", disse, referindo-se a declarações do ex-líder parlamentar do PS que, em entrevista à RR, defendeu que se o PS vencer as próximas eleições legislativas sem uma maioria absoluta deve coligar-se com os partidos de direita.

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