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"Quando for preciso estarei pronto"

José Lello concede esta sexta-feira uma entrevista ao semanário Sol, em que aborda o tema das primárias no PS. Sobre o programa de António José Seguro diz que é ?um amontoado de boutades, mas nada de muito substantivo? e sobre Costa defende que tem ?um discurso de ação política?. Face à candidatura de Guterres a Belém, diz ter já enviado um SMS ao antigo primeiro-ministro, declarando: "Quando for preciso estarei pronto".

"Quando for preciso estarei pronto"
Notícias ao Minuto

12:12 - 22/08/14 por Notícias Ao Minuto

Política José Lello

O deputado socialista e ex-ministro no Governo de António Guterres, José Lello, comenta esta sexta-feira, entre outros temas, as primárias no PS, mas também o perfil dos dois candidatos, assumindo uma posição de defesa de António Costa, apesar de não conseguir perspetivar diferentes de fundo entre as políticas defendidas por cada candidato.

“Vejo António Costa com um discurso de ação política que se estende por dez anos. Portanto, ideias tem. De Seguro, o que eu tenho visto é um amontoado de boutades. Tem oitenta propostas [no Novo Rumo] mas nada de muito substantivo”, afirmou Lello quando instado a comentar as acusações de parte a parte sobre a ausência de um programa político concreto.

Para o deputado socialista, “o que faz a diferença não são os programas, é a capacidade das pessoas, o carisma, a liderança, a dinâmica na intervenção”, defendendo, sobre este tema, que “para ser um bom líder é preciso qualidades pessoais, capacidade de liderança e de mobiliação”, culminando depois, apesar da defesa de Costa, personalidade pela qual ‘alinha’ que, apesar disto, não tem nada contra Seguro, “mas ele tem falhas de afirmação”.

Traçadas as diferenças de perfil, em termos políticos, José Lello foi questionado ainda sobre qual dos candidatos às primárias no seu partido têm uma maior inclinação à esquerda, sendo que, para Lello, “´muito difícil dizer quem está mais à esquerda ou mais à direita”. Aqui, sobre possíveis alianças à esquerda ou à direita no período pós-legislativas, o ex-ministro foi perentório.

“O Bloco de Esquerda tem demonstrado que não tem servido para coisa alguma em matéria governativa e julgo que isso levou à sua queda. Poder ser que à esquerda do PS comece a haver a perceção de que os partidos têm de fazer mais de o que criticar. (…) O PS já teve uma coligação com o PSD que correu muito bem, mas hoje não tem nenhuma afinidade ideológica com a matriz neoliberal do PSD atual”, referiu.

Por fim, instado a comentar uma possível candidatura de António Guterres ao Palácio de Belém, José Lello disse que o antigo primeiro-ministro “seria o melhor candidato possível”, acrescentando que, assim que soube da eventualidade desta candidatura, “a primeira coisa que fiz foi dizer-lhe para me envolver na campanha. Mandei-lhe um SMS: ‘Quando for preciso, estarei pronto’”, concluiu.

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