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Retrato "nu" e "cru" da PSP. "Resta a liberdade para estarmos calados"

“É necessário um estudo profundo da condição policial", frisa o Tenente-coronel Medina da Silva.

Retrato "nu" e "cru" da PSP. "Resta a liberdade para estarmos calados"
Notícias ao Minuto

09:30 - 21/04/16 por João Oliveira

País Reportagem

A TVI emitiu, no passado fim de semana, uma grande reportagem sobre a realidade que se vive no seio da Polícia de Segurança de Pública (PSP). O objetivo era alertar para o número crescente de agentes a pedirem apoio psicológico, bens alimentares ou até roupa, seja para eles ou para as respetivas famílias.

Como descreve a estação televisiva, é um retrato “nu e cru” da PSP.

Para comentar aquilo que foi dado a conhecer ao público, a mesma estação convidou o Tenente-coronel Medina da Silva, que diz desde logo ser “inconcebível que haja alguém que, para sustentar uma família, tenha de gerir uma lata de salsichas”. “Isto não pode acontecer”, acrescentou.

Sobre a reportagem em si, Medina da Silva descreve-a como “um grito de angústia, é um grito de revolta e em última análise é um grito de liberdade”. No entanto, o Tenente-coronel diz “esperar que a esses homens não seja aplicada a frase” uma vez proferida pelo médico Manuel de Brito Camacho – “Quando eu vejo alguém na rua a gritar ‘viva a liberdade’, corra à janela para ver quem vai preso”.

Medina da Silva disse também ter-lhe sido transmitido por militares da GNR e PSP que “eles têm a sensação de que, num país das plenas liberdades como nós somos, só nos resta a plena liberdade para estarmos calados”.

“É necessário um estudo profundo da condição policial. Quando um indivíduo fica reduzido a 200 euros por mês, a Justiça está a ser tudo menos justa. Estamos a condenar um militar, uma mulher e três filhos”, concluiu.

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