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Novos medicamentos para o cancro chegam a conta-gotas

O presidente executivo da Roche, empresa número um no mercado hospitalar, e com 61% do negócio na área da oncologia, revela, esta sexta-feira, ao Diário de Notícias (DN) que “em três anos” nenhum dos seus medicamentos teve “aprovação de comparticipação” em Portugal. Esta contenção pode afectar os portugueses, no tratamento de cancros, em relação a outros cidadãos europeus.

Novos medicamentos para o cancro chegam a conta-gotas
Notícias ao Minuto

08:23 - 22/03/13 por Notícias Ao Minuto

País Saúde

Nos últimos três anos, “não houve qualquer aprovação de comparticipação de medicamentos nossos em Portugal”, revela Severin Schwan, presidente executivo da Roche, empresa líder no mercado hospitalar nacional, ao DN, acrescentando que o que vê “é uma boa cobertura básica na saúde e em alguns medicamentos", mas temos fármacos importantes que não foram disponibilizados”.

O responsável desta empresa, que se dedica sobretudo à área da oncologia, destaca que “o problema não é apenas da Roche, já que foram muito poucos [medicamentos] aprovados em geral”. Ainda que alguns fármacos possam ser usados através de autorizações especiais, de acordo com dados do Infarmed, citados pelo DN, nos últimos três anos saíram para o mercado apenas 11 remédios para o cancro, sendo que quatro abrangem poucos doentes e há poucas ou nenhuma alternativa.

Neste sentido, Severin Schwan dá ao DN o exemplo do Avastin. “Há países que têm o medicamento disponível para cinco indicações para as quais foi aprovado, como cancro do colon rectal, renal, mama, pulmão ou ovário”. Mas, em Portugal, dois pedidos foram recusados e ainda se aguarda pela avaliação na área do ovário, estando apenas no mercado um fármaco para cancro do cólon do útero.

Para este último, “que é muito difícil de tratar”, e para o qual “há menos opções [de tratamento]”, o Avastin “foi aprovado na Europa há ano e meio”, o que significa que “as mulheres alemãs [por exemplo] têm acesso imediato a este fármaco, mas se for uma portuguesa isso já não acontece”.

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