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Adeus, internato geral. Formação dos médicos vai ter menos um ano

A partir de 2017 os recém-licenciados passam logo para a especialização, quem o diz é o secretário de Estado Adjunto do Ministro da Saúde, Fernando Leal da Costa, em entrevista ao Diário Económico.

Adeus, internato geral. Formação dos médicos vai ter menos um ano
Notícias ao Minuto

08:27 - 28/07/15 por Notícias Ao Minuto

País Saúde

O Governo tinha proposto que cada português teria um médico de família. Quando questionado sobre este facto, numa entrevista ao Diário Económico, Leal da Costa explica que "hoje o número de utentes sem médico de família está próximo dos 1,2 milhões. Teremos no fim deste ano, cumpridas todas as medidas". Mas a meta só deverá ser "cumprida em dois anos", admite.

Relativamente ao regresso de médicos reformados ao Sistema Nacional de Saúde (SNS), o secretário de Estado indica que "o fenómeno das reformas antecipadas é agravado por uma circunstância específica da profissão médica. Os médicos que se reformam sabem que continuam a ser necessários e podem usufruir da reforma e ao mesmo tempo estão em posição de vender os seus serviços a privados ou até ao próprio Estado".

"Essas reformas antecipadas vão ser substituídas pelas reformas em idade normal de uma população médica que está a envelhecer", refere.

Para Leal da Costa, "a formação dos médicos em Portugal é demasiado longa. Por isso vamos publicar um regulamento de portaria do internato médico que reduz o tempo de formação de forma significativa porque temos que acompanhar o resto da Europa. Não podemos continuar com tempos de formação entre dez a 12 anos".

O secretário de Estado Adjunto do Ministro da Saúde indica ainda, na mesma entrevista, que o internato geral deixará de existir a partir de 2017/2018.

"Gostaríamos de ter condições para formar mais médicos. Mas também temos que reconhecer que há uma capacidade finita de formação dentro dos próprios hospitais. É natural, lógico e desejável, que desde que tenham a qualidade internacionalmente reconhecida, possam vir a aparecer também faculdades de medicina no privado, frisa.

Por fim, explica que em termos de atratividade salarial é natural que os médicos não queiram trabalhar exclusivamente para o Estado. "Enquanto os preços [entre público e privado] não se aproximarem, será muito difícil o Estado pagar salários suficientemente atrativos para que um grupo de pessoas muito diferenciadas queira trabalhar para o Estado em dedicação exclusiva", termina.

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