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Ex-vice do Sporting fica em prisão preventiva

Paulo Pereira Cristóvão, antigo inspetor da PJ e ex-vice-presidente do Sporting, e o líder da Juve Leo, Mustafá, ficam em prisão preventiva.

Ex-vice do Sporting fica em prisão preventiva
Notícias ao Minuto

17:14 - 06/03/15 por Notícias ao Minuto com Lusa

País Pereira Cristóvão

O antigo inspetor da Polícia Judiciária, Paulo Pereira Cristóvão, e o dirigente da Juve Leo vão aguarda julgamento em prisão preventiva, depois de indiciados por roubo qualificado, associação criminosa e sequestro. O terceiro arguido, o fotógrafo Nuno Lobito, teve como medida de coação a obrigação de apresentação periodica às autoridades.

As medidas de coação foram lidas, aos jornalistas, pela juíza presidente da comarca de Lisboa, Amélia Correia de Almeida. "No âmbito do inquérito crime que investiga Paulo Pereira Cristóvão e Nuno Miguel Rodrigues Viera Mendes de um crime de roubo qualificado, três crimes de sequestro, um crime de associação criminosa, sendo que Paulo e Nuno foram apresentados neste tribunal a 4 de março para interrogatório inicial. Foi facultado aos arguidos as provas referentes ao caso. A 5 de março reiniciaram os interrogatórios", declarou, citando o despacho.

A defesa de Pereira Cristóvão e de Mustafá" opuseram-se à aplicação de medidas privativas da liberdade e, no limite, propuseram que a estes dois arguidos fosse aplicada a medida de coação de obrigação de permanência na residência (vulgo prisão domiciliária), com vigilância eletrónica, mas o TCIC acabou por aplicar a medida mais gravosa - prisão preventiva.

A defesa de Nuno Lobito pugnou para que ao fotógrafo fosse retirado o estatuto de arguido, mas o TCIC decidiu aplicar-lhe a medida de TIR, indiciado por adesão a associação criminosa, crime previsto no artigo 299 do Código Penal.

Quando da detenção dos arguidos na terça-feira, fonte policial disse à Lusa que o antigo inspetor da PJ era suspeito de ter fornecido "informação útil sobre as vítimas" à associação criminosa a que pertencia, sendo um dos "mentores" dos roubos e sequestros perpetrados pelo grupo.

Pereira Cristóvão, de 45 anos, que iniciou a carreira na PJ como segurança, antes de ingressar na carreira de inspetor, é suspeito de "fornecer informações úteis aos autores materiais" de crimes de roubo e sequestro, na zona de Lisboa e Setúbal.

Em novembro de 1990, entrou para os quadros da PJ de onde saiu no início de 2007, para fundar uma empresa de consultoria e investigação. Na PJ foram-lhe atribuídos alguns processos mediáticos, nomeadamente o "caso Joana", sobre o desaparecimento de uma menor no Algarve que levou à detenção da mãe.

Estes três arguidos, juntamente com outros 12 suspeitos detidos desde meados de 2014, compunham uma organização criminosa dedicada ao roubo no interior de residências.

Nos assaltos, simulavam tratar-se de verdadeiras ações policiais para cumprimento de buscas domiciliárias judicialmente ordenadas, tendo mesmo, em alguns casos, utilizado as suas próprias fardas para assim melhor credibilizarem as ações.

[Notícia atualizada às 18h14]

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