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Especialistas forenses debatem desastres e crimes graves
Desastres muito graves, como o descarrilamento de um comboio na Galiza ou a queda de avião moçambicano na Namíbia, em 2013, vão estar em discussão numa conferência internacional, em Coimbra, nos dias 30 e 31 de outubro.
© Reuters
País Coimbra
Em julho de 2013, um comboio de alta velocidade descarrilou em Santiago de Compostela, causando a morte de 80 pessoas, enquanto 147 ficaram feridas.
Em novembro, morreram 33 pessoas, incluindo seis portugueses, que viajavam num avião das Linhas Aéreas de Moçambique que se despenhou na Namíbia.
A I Conferência do Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses (INMLCF), com a participação de especialistas nacionais e estrangeiros, "permitirá também ao instituto mostrar o seu trabalho", disse hoje à agência Lusa o vice-presidente do INMLCF, João Pinheiro.
Além daqueles e outros desastres de massa, estarão em debate os acidentes naturais, os crimes contra a humanidade e a violência doméstica.
"Temos muita informação que nem sempre é posta à disposição do público, incluindo números que podem ser muito interessantes para as entidades que traçam as políticas públicas", designadamente em áreas como a toxicologia e a prevenção rodoviária, entre outras, acrescentou.
Além do trabalho científico que desenvolve, o Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses "tem de dar uma resposta também às pessoas", o que pretende fazer com a realização de uma conferência anual, revelou João Pinheiro.
O professor universitário e jurisconsulto Adriano Moreira, um representante do Tribunal Penal Internacional, o francês Eric Baccard, a diretora do Instituto de Medicina Legal da Galiza (Espanha), Beatriz Otero Abadín, e o diretor do Programa para a Inovação em Saúde da Fundação Calouste Gulbenkian, Jorge Soares, são alguns dos participantes deste primeiro encontro, que decorrerá no auditório da Reitoria da Universidade de Coimbra.
Outros dos oradores convidados são Rui Abrunhosa Gonçalves, professor de Psicologia Forense da Universidade do Minho, e Rui Almeida, diretor nacional adjunto da Polícia Judiciária.
A conferência internacional deverá ser "um espaço anual de encontro de ideias e ciência, ocasião privilegiada para o desenvolvimento científico das instituições envolvidas e de cada um dos participantes", segundo uma nota da organização.
"Quisemos trazer a Coimbra personalidades que nos ajudem a compreender melhor o mundo e a aumentar a eficácia do nosso desempenho, qualquer que seja a área profissional onde nos inserimos", adianta.
O presidente do Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses, Francisco Brísida Martins, e o vice-presidente, João Pinheiro, intervirão no início dos trabalhos, no dia 30, às 10:30, estando a ministra da Justiça convidada para a abertura.
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