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Rui Moreira admite repetir ação na antiga fábrica de sabões

O presidente da Câmara do Porto admitiu hoje repetir a ação de demolição e limpeza realizada na segunda-feira na antiga fábrica de sabões da cidade, revelando estar "atento" às instalações da antiga fábrica de lanifícios de Lordelo.

Rui Moreira admite repetir ação na antiga fábrica de sabões
Notícias ao Minuto

16:47 - 25/03/14 por Lusa

País Porto

"Estamos atentos também a esse ponto, mas preferimos fazer do que anunciar", afirmou Rui Moreira, na reunião pública do executivo, respondendo diretamente à questão do vereador da CDU sobre a possibilidade de intervenção nos "restos da antiga fábrica de lanifícios".

O autarca destacou também que a ação na fábrica de sabões "não foi uma operação 'bulldozer'", porque começou "três semanas antes, com intervenção social".

O comentário surgiu depois do comunista Pedro Carvalho ter chamado a atenção para a necessidade de "intervenção a nível social", junto de sem-abrigo ou toxicodependentes que ocupem estes locais.

Também o vereador da Habitação, Manuel Pizarro (PS), salientou a necessidade de existir um apoio social neste tipo de casos, referiu-se em concreto ao bairro do Aleixo, onde já foram demolidas duas torres.

O vereador revelou que a Câmara vai "continuar com o processo", mas com outros "cuidados, para não espalhar o problema noutros sítios da cidade".

Rui Moreira afirmou na segunda-feira não temer que as situações de prostituição, tráfico e consumo de droga que se registavam na antiga fábrica de sabões de Lordelo do Ouro passem para outros locais.

"Não temo. Sei que não fazemos milagres. Não podemos pensar que o problema se resolve num dia. Mas tenho a certeza de que a concentração que aqui se verificava e a impunidade que aqui sucedia não serão replicáveis noutra zona da cidade e, se forem, agiremos da mesma forma", disse, em declarações aos jornalistas, a meio do primeiro dia das demolições da fábrica.

Moreira vincou que o terreno é de propriedade privada e reiterou a ideia de que os donos do espaço vão ser responsabilizados.

"Em primeiro lugar vamos consumar as demolições. Depois este espaço será vedado. Depois aguardaremos calmamente aquilo que os proprietários entenderem fazer. Mas não voltaremos a ter aqui esta situação", disse o autarca.

Para já as despesas da demolição e da limpeza estão a ser assumidas pela Câmara do Porto, mas a autarquia quer que venham a ser assumidas pelos proprietários.

De acordo com informação publicada pela autarquia na sua página da internet, o processo de tomada de posse administrativa do terreno, com "cerca de 130 metros de comprimento por 95 de largura", foi iniciado "apenas duas semanas" depois de Rui Moreira ter sido empossado presidente da Câmara.

Na sexta-feira terminaram "os trâmites legais e o prazo dado em edital para que os proprietários tomassem medidas", justifica o site do município.

A Câmara do Porto estima que "cerca de 400 pessoas" frequentassem "diariamente" estes edifícios abandonados há décadas abandonados para comportamentos ligados à prostituição, tráfico e consumo de droga.

Acresce o facto de o revestimento dos telhados e paredes, segundo a autarquia, constituírem perigo para saúde pública devido à existência de "amianto em degradação".

Segundo dados da autarquia, pelo menos 15 pessoas viviam neste espaço e que cinco aceitaram ajuda da Segurança Social para procurar alternativas.

A Câmara espera que a demolição destes edifícios situados junto ao bairro municipal Dr. Nuno Pinheiro Torres fique concluída até sexta-feira.

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