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Associated Press acusa governo de Obama de escutas

A agência de notícias norte-americana Associated Press (AP) denunciou na segunda-feira, numa carta ao Departamento de Justiça, ter sido alvo de escutas às suas linhas telefónicas pelas autoridades federais durante dois meses.

Associated Press acusa governo de Obama de escutas
Notícias ao Minuto

14:12 - 14/05/13 por Lusa

Mundo Estados Unidos

No documento, disponível no site da AP, o presidente da agência, Gary Pruitt, critica a “intrusão massiva e sem precedentes” do Departamento de Justiça às “actividades de recolha de notícias da AP”

O responsável conta que na passada sexta-feira uma conselheira da agência foi informada de que “em tempo indeterminado no início do ano o Departamento [de Justiça] obteve registos telefónicos de mais de 20 linhas telefónicas atribuídas à AP e aos seus jornalistas”.

“Não há justificação possível para uma recolha tão vasta das comunicações telefónicas da AP e dos seus jornalistas. Os registos podem revelar conversas tidas com fontes confidenciais durante a actividade jornalística levada a cabo pela AP durante dois meses, providenciam um mapa para as operações jornalísticas da AP e divulgam informação sobre as actividades da AP que o governo não tem o direito de saber”, refere Pruitt na carta dirigida ao procurador Eric Holder do Departamento da Justiça.

Pruitt considera que esta acção do departamento é uma “séria interferência aos direitos constitucionais” da agência e exige que todos os registos telefónicos sejam devolvidos e destruídas as cópias.

Até ao momento, e segundo a agência EFE, o Departamento da Justiça ainda não se pronunciou sobre a situação.

O congressista republicano da Califórnia Darrel Issa, presidente do Comité de Supervisão e Reforma do Governo da Câmara de Representantes, criticou a administração do Presidente Obama pelas revelações da AP.

“Os norte-americanos deviam tomar nota que os funcionários de alto nível da administração Obama se vêem a si mesmos como estando acima da lei e sentem-se encorajados pela crença de que não têm de responder perante ninguém”, referiu Issa em comunicado citado pela EFE.

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