Crise dos serviços e da indústria agravou-se em Março na zona euro
A crise do sector dos serviços e da indústria na zona euro agravou-se em Março, 'à boleia' da quase estagnação da economia alemã nos primeiros três meses do ano, revela o inquérito mensal da Markit esta quinta-feira divulgado.
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Economia Markit
O índice composto da indústria na zona euro, calculado ainda antes de Chipre pedir ajuda internacional, caiu em Março para 46,5 pontos, contra 47,9 pontos em Fevereiro, ao passo que o da actividade do sector dos serviços desacelerou para 46,4 pontos, quando no mês anterior se situou em 47,9 pontos, a maior quebra em seis meses.
A queda da actividade do sector dos serviços na Alemanha, em Março, sugere que a maior economia da Europa registou no primeiro trimestre deste ano um fraco crescimento.
Mesmo assim, o índice PMI composto, que engloba os serviços e a indústria, caiu para os 50,6 pontos, quando no mês de Fevereiro se fixou nos 53,3 pontos.
O economista da Markit, Tim Moor, disse que, “no geral, o crescimento modesto do Produto Interno Bruto (PIB) alemão é provável, mas a mensagem clara dos inquéritos mensais é a de que a recuperação germânica se está a desvanecer rapidamente”.
Quando os indicadores da Markit se situam nos 50 pontos encontram-se no nível que separa a linha entre a contracção e a expansão da actividade da economia.
No caso da França, este país dá também sinais de contracção com o índice PMI composto, a recuar para os 41,9 pontos, contra 43,1 pontos em Fevereiro, para se situar no nível mais baixo dos últimos quatro anos.
No Reino Unido e na Itália, duas das maiores economias da Europa, a contracção acentuou-se em Março, sendo que as perspectivas para este último país são de uma maior degradação.
No caso da Espanha, o índice PMI dos serviços, que se situou nos 45,3 pontos, contra 44,7 pontos sugere que a recessão piorou no primeiro trimestre deste ano.
Andrew Harker, economista da Markit, realçou que “não há um verdadeiro sinal encorajador, acrescentando que "a crise neste sector continua”.
O aprofundamento da crise ainda não incorpora o sentimento dos empresários após a crise em Chipre e no caso da Itália tem em conta a situação de instabilidade política, mas não consagra o seu desfecho com a formação ou não do governo.
O indicador PMI serve para avaliar a saúde da economia através de entrevistas feitas a mais de 20 mil gestores de empresas.
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