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Banco de Portugal explica erros de previsões com "elevada incerteza"

O Banco de Portugal, liderado por Carlos Costa (na foto), admitiu esta terça-feira erros nos cálculos das previsões económicas entre 2009 e 2012, que justificou com a "elevada incerteza" nesse período, traduzindo-se em "desvios significativos" do enquadramento externo e dos pressupostos orçamentais.

Banco de Portugal explica erros de previsões com "elevada incerteza"
Notícias ao Minuto

16:31 - 26/03/13 por Lusa

Economia Reação

No Boletim Económico da Primavera, hoje divulgado, o banco central explica que, "no actual contexto, marcado por uma incerteza sobre o enquadramento internacional, pela persistência de tensões nos mercados financeiros internacionais e pela necessidade de adopção de medidas de política significativas que assegurem o cumprimento dos objetivos orçamentais, a não materialização dos pressupostos admitidos tem implicado um aumento significativo dos erros de projecção".

A instituição liderada por Carlos Costa indica que as suas projecções tendem a convergir "mais rapidamente para o valor observado" do que as das restantes organizações (Comissão Europeia, Fundo Monetário Internacional e Organização para o Desenvolvimento Económico e Social), ainda que as diferenças sejam "relativamente limitadas".

Além disso, os erros de projecção tendem a ter o mesmo sentido em todas as previsões, acrescenta o BdP.

O Banco de Portugal fez ainda um exercício de decomposição dos erros de projecção do Produto Interno Bruto (PIB) para os anos de 2009 a 2012, por forma a perceber quais os factores que mais influenciam os erros de previsão.

Para os dois primeiros anos do período analisado, a instituição concluiu que o desvio no enquadramento externo decorreu da subestimação da contracção do PIB em 2009 e da subestimação da sua recuperação em 2010, bem como da capacidade de antecipar a queda abrupta do comércio internacional em 2009 e a sua recuperação rápida no ano seguinte.

Já para 2011, o BdP refere que a subestimação da queda do PIB se deveu à não incorporação de medidas de consolidação orçamental antes de anunciado o Programa de Assistência Económica e Financeira (PAEF), mas também ao facto de a taxa de poupança ter sido "claramente superior" à antecipada.

Finalmente, o BdP explica a subestimação do PIB em 2012 com a não inclusão de medidas adicionais que só foram conhecidas com detalhe após a apresentação do Orçamento do Estado desse ano e com a deterioração maior do que a antecipada da procura externa, que "só se tornou clara a partir da primavera de 2012".

Porém, tanto em 2011 como em 2012, a evolução mais favorável do que a prevista da quota de mercado compensou a deterioração não antecipada das perspectivas da procura externa.

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