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Morgan Stanley paga 3,2 mil milhões por vender produtos tóxicos

O banco Morgan Stanley vai pagar 3,2 mil milhões de dólares (2,8 MMEuro) para encerrar processos judiciais resultantes da venda de produtos financeiros complexos garantidos por créditos imobiliários, que estiveram na origem da crise de 2008.

Morgan Stanley paga 3,2 mil milhões por vender produtos tóxicos
Notícias ao Minuto

21:18 - 11/02/16 por Lusa

Economia Bano

O ministro da Justiça do Estado de Nova Iorque anunciou hoje o acordo, o que acontece um ano depois de um acordo de princípio cujo montante era então de 2,6 mil milhões de dólares.

O agravamento da penalização financeira resultou de o Morgan Stanley ir pagar mais 550 milhões de dólares ao Estado de Nova Iorque, que em grande parte (400 milhões) vão ser destinados a medidas de indemnização das vítimas.

O banco vai também financiar trabalhos de reabilitação de casas de algumas famílias, ajudar à reestruturação da dívida de outras e apoiar financeiramente programas de prevenção de despejos.

O Departamento de Justiça e dos Estados federais acusavam o Morgan Stanley de ter vendido a investidores uma carteira de títulos garantidos por empréstimos hipotecários residenciais (RMBS, na sigla em inglês) que sabia que tinham pouca qualidade, os designados produtos tóxicos ou de qualidade inferior ('subprime').

Utilizada pelos bancos para converter carteiras de empréstimos em títulos financeiros, que depois eram vendidos nos mercados financeiros, a designada titularização causou durante a crise de 2008 perdas abissais a numerosos investidores, designadamente aos que tinham comprado os títulos garantidos pelos famosos 'subprime'.

No seu comunicado, o procurador do Estado de Nova Iorque, Eric Schneiderman, afirmou hoje que o Morgan Stanley reconheceu que estava ciente da má qualidade dos produtos cedidos aos investidores.

O Morgan Stanley já provisionou as somas necessárias para absorver estas penalizações.

Os olhares mudam-se agora para o Goldman Sachs, que concluiu um acordo similar em meados de janeiro, que ascende a 5,06 mil milhões de dólares.

O Deutsche Bank está também em fase final de negociações com as autoridades, segundo uma fonte conhecedora do assunto.

Sob investigação continuam vários bancos europeus, como os suíços UBS e Credit Suisse e o escocês Royal Bank of Scotland.

Os acordos sobre os RMBS fazem parte dos esforços os reguladores dos EUA para forçar Wall Street a assumir as suas responsabilidades na crise de 2008.

Três grandes bancos norte-americanos - JPMorgan Chase, Bank of America e Citigroup -- vão pagar um acumulado de 37 mil milhões de dólares para encerrar processos decorrentes dos tóxicos RMBS, cuja implosão provocou grandes perdas aos investidores.

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