"A Grécia não pode sair do euro, mas vai ser muito complicado ficar"
“Todos ansiamos pelo fumo branco que vai permitir à Europa partir para a frente, mas esse momento está cada vez mais distante”, lamentou o provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.
© DR
Economia Santana Lopes
Processo de negociações entre gregos e credores tem sido “duro de mais, prolongado de mais e inexplicável em determinados momentos” considera Santana Lopes, comentando o caso na sequência da cimeira de líderes europeus, que decorreu esta tarde.
Em debate no programa ‘Frente a Frente’, na SIC Notícias, António Vitorino acrescentou que a dívida, o problema subjacente ao caso grego, “é um problema Europeu […] e resolvê-lo caso a caso é um mau caminho”.
Destacando a “vitória expressiva do ‘não’” no referendo grego, António Vitorino diz que Tsipras ganhou força, mas ainda não se sabe “o que fará com esta vitória”. Arrisca-se a defraudar as expetativas dos gregos caso não consiga aplicar essa força”, reiterou Santana.
“É algo assustador aquilo que estamos a viver […] já está a entrar “no campo do politicamente burlesco”, disse Santana Lopes, assumindo-se pessimista sobre a hipótese de ser alcançado um acordo aceitável para as duas partes.
Sobre a notícia de Bruxelas terá um plano detalhado para lidar com saída do euro, os dois comentadores mostraram-se pouco seguros de que este cenário esteja de facto preparado.
“A Grécia não pode sair do Euro, mas vai ser muito complicado ficar cá dentro”, admitiu Santana Lopes. A saída, diz por sua vez Vitorino, seria “uma fratura política de que não sairemos vivos”.
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