Considerando a empresa municipal Águas de Coimbra (que terá em 2015 um orçamento de quase 33 milhões de euros), os Serviços Municipalizados de Transportes Urbanos (cujo orçamento ronda 18 milhões de euros), e o parque tecnológico IParque (cerca de três milhões de euros), o orçamento global do município atinge 146 milhões de euros.

A proposta de orçamento apresentada pelo executivo municipal obteve 23 votos favoráveis da maioria socialista, 22 abstenções da coligação PSD/PPM/MPT, da CDU e da representante do CDS-PP e quatro votos contra do movimento Cidadãos Por Coimbra (CPC) e de um presidente de junta de freguesia social-democrata.

O orçamento da Câmara hoje aprovado pela Assembleia Municipal destina quase 29% do seu valor ao "planeamento, reabilitação e qualificação urbana" e perto de 28% à área da "coesão territorial e desenvolvimento socioeconómico".

Um quarto do valor global do orçamento da autarquia será aplicado na "cidade solidária e saudável", rubrica que contempla, designadamente, a descentralização e apoio às juntas de freguesia, "função social do transporte público", ação social e família e apoio ao munícipe.

Educação, deporto, tempos livres e cidadania absorverão cerca de 16% do orçamento camarário, que, por outro lado, disponibiliza 2,5% dos 91,2 milhões para a "valorização e promoção cultural".

A água e o saneamento básico, os transportes públicos, a conclusão do centro de convenções e congressos no Convento de São Francisco e seu equipamento (perto de 11,4 milhões de euros), a educação (quatro milhões de euros), a habitação social (1,6 milhões de euros) e a requalificação da zona classificada Património da Humanidade (700 mil euros) constituem os maiores investimentos da autarquia em 2015.

O orçamento dos Serviços Municipalizados de Transportes Urbanos de Coimbra (SMTUC), que não dispõem de qualquer apoio da administração central -- como foi sublinhado, durante a sessão, designadamente pelo presidente do município, o socialista Manuel Machado, e por eleitos de diferentes bancadas com assento naquele órgão --, foi aprovado com os votos favoráveis do PS e da CDU.

Os eleitos da coligação PSD/PPM/MPT e a representante do CDS-PP abstiveram-se e os membros do CPC votaram contra o orçamento proposto pela Câmara para os SMTUC, que investirão no próximo ano, na "renovação da frota e no custo social do transporte", cerca de nove milhões de euros.

A proposta de fixar a taxa do IMI (imposto municipal sobre imóveis) em 0,35% foi aprovada sem qualquer abstenção e com os votos contrários da representante do CDS-PP e do eleito do MPT (que integra a coligação PSD/PPM/MPT), que defenderam que aquela percentagem deveria ser mais baixa.