Pianista Filipe Raposo edita este mês o seu terceiro álbum
O pianista Filipe Raposo edita este mês o álbum 'Inquiétude', fruto de um mestrado feito em Estocolmo e também da vivência entre duas culturas distintas, do norte e sul da Europa, contou à agência Lusa.
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Cultura Música
"Fiz o mestrado em Estocolmo ao longo de dois anos, mas tive total liberdade criativa para o projeto e para o disco. É mais direcionado para o jazz, influenciado pelo jazz norte-americano, mas há aqui questões territoriais que se refletem no disco", disse o pianista.
Filipe Raposo fala de "um silêncio social diferente" em Estocolmo e de um "jazz mais introspetivo e controlado", por oposição ao sul da Europa, "muito mais emocional e ligação ao coração, mais passional".
Por ter sido um mestrado performativo, Filipe Raposo pode explorar as várias fases do jazz norte-americano. No álbum, o pianista fez novos arranjos para temas de Bill Evans e George Gershwin.
A par dos inéditos, neste terceiro álbum revisita ainda outros temas alheios, como por exemplo, um tema da música tradicional da Beira Baixa, e de 'Army of me', de Bjork.
"Inquétude", que será apresentado na quinta-feira em Viseu e na sexta-feira em Lisboa, foi gravado com Andy Yeo (guitarra elétrica), Samuel Lofdahl (contrabaixo), Karl-Henrik Ousback (bateria) e Fredrik Ljungkvist (saxofone).
Apesar de ter passado dois anos em Estocolmo, Filipe Raposo manteve sempre definido que era em Portugal que queria ficar. "Quis alargar as bases profissionais" para a região escandiava, onde deverá fazer uma digressão, mas criativa e profissionalmente interessa-lhe estar em Lisboa, disse.
Filipe Raposo, de 36 anos, editou o primeiro álbum, "First Falls", em 2011, que lhe valeu o Prémio Revelação Amália, e o segundo, "A hundred silent ways" em 2013. Trabalha como pianista e arranjador há cerca de dez anos, com músicos como Fausto Bordalo Dias, Amélia Muge, Camané e José Mário Branco.
É ainda pianista residente na Cinemateca Portuguesa.
A 11 de outubro, no Teatro Municipal São Luiz - onde dias antes apresentará o álbum -, o pianista e Andy Yeo farão um espectáculo para famílias em torno do ano 1959, "um dos mais criativos no jazz", através de discos de Charles Mingus, Dave Brubeck, Bill Evans, Miles Davis e John Coltrane.
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