Knack II: A prova que vale a pena dar segundas oportunidades

A continuação de um dos títulos que acompanharam o lançamento da PlayStation 4 mostra-se bem mais capaz que o antecessor.

© Sony Interactive Entertainment / Notícias ao Minuto

História

O ‘Knack ’ original interessou-lhe pelo enredo? Apreciou o desenvolvimento das personagens e a forma como o jogo explorou o papel de Knack como uma ferramenta e não como uma personagem propriamente dita? É improvável que a narrativa tenha sido um dos atrativos do primeiro ‘Knack’ e, infelizmente, também não o é nesta continuação.

Além de ‘Knack’ continuar a ter um protagonista com pouca ou mesmo nenhuma relevância para os acontecimentos da história (basicamente tudo é decidido pelas personagens secundárias), todas as personagens são unidimensionais. O parceiro de ‘Knack’, Lucas, é especialmente irritante, sobretudo pela forma como está constantemente a dar ordens ao protagonista e ao jogador.

Depois de derrotarem os Goblins do primeiro título, Knack e companhia combatem agora robots antigos que sem qualquer explicação foram reativados. ‘Knack II’ desenvolve um pouco o ‘lore’ do universo de jogo mas é provável que não retenha muitos pormenores.

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Grafismo & Som

As físicas de jogo são particularmente impressionantes, sobretudo quando Knack se desfaz em várias peças e é possível ver cada uma a ter uma reação própria. ‘Knack II’ tanto é capaz de agradar à vista com os seus efeitos e texturas como de causar estranheza com os modelos de personagens, demasiado ‘cartoonescos’ para cenários com texturas que oferecem o mínimo de realismo. Tornam-se ainda menos agradáveis quando examinados de perto, com elementos como o cabelo a carecerem de mais algum trabalho.

Há bons momentos no que a banda sonora diz respeito, com cenas onde música é capaz de conferir entusiasmo e acompanhar bem o que se passa no ecrã. Ainda assim, a boa impressão desvanece-se com a qualidade do argumento e do trabalho de voz, que por vezes é demasiado infantil (no mau sentido).

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Jogabilidade

Até aqui pode ter ficado com a impressão que ‘Knack II’ é um mau jogo. Pois, surpreenda-se, porque ‘Knack II’ é um jogo bastante competente e divertido. Aliás, fica ainda mais divertido à medida que progride, ganhando novos ataques e habilidades. Começando apenas com uma única combo para murros e pontapés, Knack vai ganhando murros mais fortes capazes de partir escudos assim como a (útil) capacidade de puxar inimigos mais distantes. Está também disponível um ‘parry’ que permite devolver aos inimigos projécteis que venham na direção de Knack. Ajuda também que a haja uma grande variedade de inimigos, os quais são bastante misturados de modo a evitar repetição e que se torne demasiado fácil.

Estão também disponíveis abundantes secções de plataformas complementadas com puzzles. Ainda que os puzzles não sejam de todo difíceis (puxar/empurrar blocos de pedra e reflectir luz, por exemplo), as secções de plataformas vão ficando mais criativas e vão aumentando progressivamente de dificuldade. Em algumas partes da história estará também disponível a capacidade de Knack absorver novos elementos como metal e gelo, o que não só muda um pouco o conjunto de ataques disponíveis como também permite ter puzzles ligeiramente diferentes. Por exemplo, a usar metal é possível criar uma corrente eléctrica pelo cenário para ativar botões.

Ainda assim, nem tudo é perfeito. No que diz respeito a progressão das habilidades de Knack, o jogador tem disponíveis quatro grandes ‘áreas’. Estas são desbloqueadas por ordem à medida que o jogador completa cada uma, o que subverte a capacidade de escolha e empobrece o jogo num todo. Se cada ‘área’ é desbloqueada progressivamente, melhor seria se a cada nível as melhorias fossem atribuídas automaticamente num sistema mais estanque (mas honesto).

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Longevidade

A campanha de ‘Knack II’ demora cerca de 10 horas a completar, um período generoso devidamente justificado pela forma como vai ‘atirando’ coisas novas ao jogador. Melhor ainda, o jogador pode voltar atrás a cada capítulo de acordo com a sua vontade de modo a recolher todos os extras que ficaram para trás.

Está ainda disponível a capacidade de jogar em cooperativo, um modo que se torna surpreendentemente positivo e tornado ainda melhor por ataques combinados entre jogadores. A diversão proporcionada através do combate parece ser o grande objetivo deste modo, uma vez que as secções de plataformas podem ser completadas por apenas um jogador. Uma boa surpresa e que pode valer a pena repetir o jogo

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Pontos fortes

A jogabilidade é ‘rainha’ em ‘Knack II’. O combate é divertido (e torna-se ainda melhor à medida que avança no jogo) e as secções de plataformas são desafiantes. Nota-se que a equipa de produção realmente pensou em formas de tornar este jogo mais divertido, introduzindo até a capacidade de alternar entre tamanhos de ‘Knack’ com o pressionar de apenas um botão. Simples mas é uma alteração que faz muito pela qualidade do jogo.

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Pontos fracos

Se a Sony tiver intenções de continuar com a série ‘Knack’ terá de fazer algumas mudanças, sobretudo a nível de enredo e de personagens. O protagonista terá também de ter mais personalidade porque há ainda muito ‘terreno’ por explorar neste campo.

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Ideal para…

Se procura um bom jogo para desfrutar com alguém próximo ‘Knack II’ é uma opção que deve considerar. O combate é divertido e mesmo jogando a solo proporciona boas horas de diversão. Se conseguir abstrair-se do enredo e das personagens, terá aqui um jogo com várias horas de diversão

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