Gravity Rush 2: Voar para novas alturas

Ao contrário da portátil PS VITA, a PlayStation 4 mostra-se como a plataforma ideal para receber a nova aventura de Kat.

© Notícias ao Minuto / Alexandre Coxo

História

Uma das melhores qualidades do original estava no sentido de humor e nas personagens. Em ‘Gravity Rush 2’ volta a verificar-se, com a Sony os produtores a focarem-se mais na relação entre Kat e Raven (as duas ‘gravity shifters’). São introduzidas várias personagens novas e praticamente todas memoráveis. A história também acaba por ser mais interessante que o original.

No início do jogo Kat dá consigo longe da cidade de Hekseville e integrada num grupo de mineiros, um início algo atípico uma vez que não está na posse dos seus poderes de manipulação de gravidade. Na verdade, a história do jogo demora a arrancar e é uma pena que o jogador tenha de esperar para começar a usar os poderes de Kat, sobretudo para quem jogou o original e sabe o que está perder.

Mais interessante é o facto de história incidir numa luta de classes da nova localização de ‘Gravity Rush 2’, com a própria cidade a estar dividida em segmentos por ilhas voadores com diferentes alturas. A classe militar encontra-se no topo, seguem-se os nobres, os comerciantes e os mais desfavorecidos. No decorrer do jogo pode esperar com algumas surpresas, sendo que a nível de estilo deverá ser do agrado de quem jogou ao original.

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Grafismo & Som

Se na PS VITA e na versão remasterizada já ‘dava cartas’, em ‘Gravity Rush 2’ o grafismo pode finalmente brilhar. E vale a pena ver. As animações são fluídas e os cenários valem a pena ser explorados. Ao andar entre as diferentes ilhas é possível ver as diferenças de tom e perceber que ‘Gravity Rush 2’ é, de facto, um dos jogos mais coloridos e bem-parecidos do mercado. O detalhe perde-se um pouco quando nos aproximamos mas não é tão evidente como no original.

Neste ponto é importante apontar que o jogo sofre alguns problemas com a grande dimensão dos cenários. Caso se aproxime demasiado depressa de uma zona, o jogo demora a apresentar alguns pormenores como habitantes da cidade ou bancas de lojas. É estranho chegar a uma área deserta e de repente começarem aparecer todo o tipo de coisas à nossa volta.

A banda sonora volta a ser adequada ao estilo de jogo. Animada na sua grande maioria, acompanha bem a ação. O mesmo não se pode dizer das vozes das personagens. Os produtores resolveram apostar numa ‘língua’ que mistura entoação japonesa e francesa e, ainda que seja original e merecedor de nota pelo esforço, dificilmente se habituará a ouvir as personagens a falar.

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Jogabilidade

Tal como no original, a capacidade de manipular a gravidade é o ponto central da jogabilidade e (tal como no original) explorar a cidade à procura de pedras preciosas para melhorar habilidades tornar-se-á rapidamente um verdadeiro ‘vício’. Estas pedras estão em toda a parte, seja nos topos e fachadas de edifícios, túneis que ligam zonas da cidade e até por baixo de ilhas.

O combate volta a ser parte integrante de ‘Gravity Rush 2’ mas é uma pena que os produtores não tenham aproveitado a oportunidade para integrar mais ataques e capacidades. A verdadeira diferença está nos Gravity Styles, ‘estilos’ de combate que ora oferecem mais velocidade e capacidade de salto ou força e peso a Kat e que permitem variar o combate. Serve para refrescar um pouco mas fica a ideia que talvez pudesse ter sido feito mais nesta área.

Apesar de tudo, jogar ‘Gravity Rush 2’ continua a ser uma experiência bem agradável e a conferir uma sensação de liberdade que poucos jogos conseguem oferecer.

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Longevidade

‘Gravity Rush 2’ é um jogo bem maior que o anterior. Enquanto o original ficava-se pelas dez horas, esta continuação é capaz de ir até às 20 horas. Se desejar completar tudo o que o jogo tem para oferecer – missões secundárias, corridas, desafios de outros jogadores deixados via online, etc – terá jogo para mais de 30 horas. Tendo em conta que são raros os jogos deste género a preocuparem-se com a longevidade, é algo de apreciável para um título apenas com campanha a solo.

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Pontos Fortes

A jogabilidade e o grafismo continuam a ser os grandes atrativos de ‘Gravity Rush 2’. Alterar a gravidade continua a ser entusiasmante e as animações e cenários coloridos valem a pena ser explorados. O visual e o estilo de jogo vão ficar na memória, disso tenha a certeza. A longevidade também será do agrado de quem quiser aproveitar ao máximo a experiência de jogo.

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Pontos Fracos

Fica a impressão que serão poucas as pessoas a habituarem-se às vozes das personagens, sendo possível no entanto que seja uma questão de gosto pessoal e hajam pessoas que acabem por adorar a ideia. O mesmo princípio aplica-se à história, que pode não ser do agrado de todos uma vez que tem fortes influências de animação japonesa. Algumas falhas gráficas incomodativas quebram o sentimento de imersão

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Ideal para…

Para os fãs do original mas não só. Quem desejar um jogo ‘leve’ e bem-disposto tem aqui um bom candidato. Se ainda não experimentou ‘Gravity Rush’ também tem aqui uma bela oportunidade. Vá em frente e deixe-se ficar de cabeça para baixo.

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