'Call of Duty: Infinite Warfare': No espaço mas preso à Terra

A edição deste ano de ‘Call of Duty’ quer elevar a série para outros patamares. Literalmente.

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História

‘Infinite Warfare’ toma lugar num futuro distante onde a humanidade se une numa nova organização política, a United Nations Space Alliance (UNSA), de forma a conseguir colonizar novos planetas do Sistema Solar e a reunir recursos preciosos. São estes recursos que levam um grupo de insurgentes, a Settlement Defense Front (SDF), a procurar controlar estes postos. É com um ataque da SDF à Terra que o jogo tem início.

Esta é a história base de ‘Call of Duty’ mas, por muito interesse que pudesse ter o conflito à escala espacial, a verdade é que o ritmo a que os acontecimentos se sucedem é demasiado rápido para deixr que estes tenham um impacto real. As personagens unidimensionais também não ajudam, mesmo com recurso a atores conhecidos como Kit Harington (Jon Snow de ‘Game of Thrones’). O facto de a personagem mais carismática ser um robot (Ethan) serve precisamente para ilustrar este ponto.

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Grafismo & Som

Se há uma coisa que ‘Call of Duty’ sempre se pôde orgulhar foi da sua capacidade de ‘encher o olho’, isto é, criar situações visualmente impressionantes. Desde a missão inicial numa das luas de Júpiter, Europa, que isso fica bem evidente. Ainda assim não se pode dizer que ‘Call of Duty: Infinite Warfare’ seja um jogo que puxe a sério pelo poderio técnicos das consolas de hoje em dia, algo a que os corredores cinzentos de plataformas espaciais também não ajudam. Também no departamento sonoro ‘Infinite Warfare’ não impressiona. Limita-se a cumprir o seu papel não dando espaço a que haja nenhuma faixa em particular que capture momentos especiais.

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Jogabilidade

Motivado também pela concorrência crescente, ‘Call of Duty’ tem-se tornado um jogo cada vez mais rápido e frenético. A capacidade de saltar mais alto graças a um ‘jetpack’ ou de por momentos andar em paredes é representativo disso mesmo. Ainda assim era preferível que os cenários motivassem a utilização destas habilidades. Mesmo que permitam uma maior verticalidade, os confrontos raramente exigem que o jogador se mantenha em movimento, com a antiga tática de cobertura a ser suficiente para prosseguir em frente.

Mais interessante é a grande diversidade de armamento disponível que, sendo fictício, dá azo a algumas surpresas interessantes. Antes de cada missão é possível personalizar o armamento com que estará equipado, modificando-o com miras, pegas e outros acessórios que ajudam a que as armas tenham um ‘feel’ diferente.

As batalhas espaciais são a grande novidade de ‘Call of Duty: Infinite Warfare’ e contribuem para alguma variedade. Mesmo que inicialmente entusiasmantes, estes confrontos rapidamente se tornam rotina devido às missões secundárias que estão espalhadas pelo Sistema Solar, o que não deixa de ser uma pena uma vez que tinham potencial para estar entre os grandes pontos altos do jogo.

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Longevidade

Se a nível de campanha a duração de ‘Call of Duty: Infinite Warfare’ deixa a desejar por ter apenas meia dúzia de horas a verdade é que o jogo compensa de outras formas. O robusto modo online com vários modos de jogo é apenas um deles, com o popular modo ‘Zombies in Spaceland’ a providenciar um grande desafio para modo cooperativo. A par das últimas iterações da série, ‘Infinite Warfare’ vem recheado de coisas para fazer o que é sempre bom para agradar à grande base de utilizadores da série.

Nota ainda para a inclusão de uma versão remasterizada de ‘Call of Duty 4: Modern Warfare’ no ‘pacote’ de jogo. O jogo lançado em 2007 continua a ser visto como um ponto de viragem na série e uma grande influência para todos os jogos do género desde então, seja no modo campanha seja no modo online.

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Pontos fortes

Com ‘Call of Duty: Infinite Warfare’ fica evidente que a Activision, assim como os dois estúdios encarregues da série, continuam a saber o que faz um bom jogo deste género. A fórmula está lá, funciona e é capaz de agradar a jogadores que prefiram modo a solo, competitivo ou cooperativo. A ideia de levar o conflito para uma escala espacial também é apreciável.

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Pontos fracos

A fórmula está mais que estudada, resta apenas saber se a Activision está preparada para seguir em frente com o risco de alienar os seus fãs mais fervorosos. Por muito bom que seja ‘Call of Duty: Infinite Warfare’ a verdade é que ainda é uma aposta demasiado segura. Nem uma ida ao espaço é suficiente para tornar este título suficientemente audaz para ser recordado como um dos grandes jogos FPS deste ano.

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Ideal para…

Os fãs de longa data de ‘Call of Duty’ estarão em casa com ‘Infinite Warfare’. Se porventura estiver indeciso em adquirir ou não a edição deste ano da série deverá perguntar-se se lhe apetece algo familiar – qual ‘comfort food’ – ou se por outro lado prefere algo mais audacioso.

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