ChatGPT não vai incentivá-lo a acabar relacionamentos amorosos

A OpenAI anunciou que implementou mudanças para que o ChatGPT apresente um comportamento diferente em “decisões pessoais de alto risco”. A empresa também formará um novo conselho composto por especialistas em saúde mental.

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Miguel Patinha Dias
05/08/2025 10:04 ‧ há 7 horas por Miguel Patinha Dias

Tech

ChatGPT

A OpenAI anunciou esta segunda-feira, dia 4, que levou a cabo uma série de mudanças no ChatGPT para impedir que o ‘bot’ de conversação com Inteligência Artificial seja “demasiado complacente”.

 

Como conta o site Business Insider, a ideia passa por apoiar melhor os utilizadores que estejam numa altura de vida mais complexa e fazer com que o ChatGPT não dê conselhos que levem a decisões abruptas.

“Quando perguntas algo do género, ‘Devo acabar com o meu namoado?’, o ChatGPT não te deve dar uma resposta”, explica a OpenAI em comunicado. “[O ChatGPT] deve ajudar-te a refletir, perguntar coisas, fazer-te avaliar as coisas boas e más. Será implementado em breve um novo comportamento para decisões pessoais de alto risco”.

A OpenAI anunciou ainda que o ChatGPT passará a alertar os utilizadores caso estes estejam a usar a ferramenta de Inteligência Artificial há muito tempo. A empresa adianta que vai formar um grupo de conselheiros formado por especialistas em saúde mental e desenvolvimento juvenil para melhorar o ChatGPT no que diz respeito à deteção de sinais de alerta.

Serve recordar que a OpenAi deve lançar em breve a nova geração do modelo de linguagem usado no ChatGPT, o GPT-5.

ChatGPT não é uma

ChatGPT não é uma "máquina de respostas", diz executiva da OpenAI

A responsável pela equipa de educação da OpenAI, Leah Belsky, acredita que os alunos e educadores devem aprender a usar o ChatGPT como uma ferramenta útil à aprendizagem. A executiva acredita que a ferramenta de Inteligência Artificial ajuda a “expandir o pensamento crítico e a criatividade”.

Miguel Patinha Dias | 11:26 - 04/08/2025

Numa recente conversa com o youtuber Theo Von, o cofundador e CEO da OpenAI, Sam Altman, mostrou-se até assustado com a evolução das capacidades do ChatGPT resultantes da implementação do GPT-5.

O líder da OpenAI contou que a evolução do GPT-5 ficou evidente quando recebeu um e-mail com uma pergunta que não compreendeu e que, ao colocar a mesma pergunta à Inteligência Artificial, esta foi capaz de responder sem problema. Foi neste ponto que Altman comparou o GPT-5 ao 'Manhattan Project' (Projeto Manhattan) - o programa de investigação que teve lugar durante a primeira metade dos anos 1940 que levou à criação das primeiras bombas atómicas.

“Há estes momentos na história da ciência em que tens um grupo de cientistas a olharem para a sua criação e dizem apenas: ‘O que é que fizemos? Talvez seja bom, talvez seja mau, mas o que é que fomos fazer?’”, notou Altman. “Talvez o exemplo mais icónico seja aqueles cientistas que trabalharam no Manhattan Project em 1945, a verem o teste Trinity, verem este novo tipo de poder a uma escala além da humana e todos saberem que iria remodelar o mundo. Penso que as pessoas que trabalham em Inteligência Artificial têm essa mesma sensação”.

Acredita-se que o GPT-5 poderá ser lançado oficialmente durante este mês de agosto.

Leia Também: ChatGPT atinge 700 milhões de utilizadores ativos semanais

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