China quer acelerar desenvolvimento de IA e computação quântica

A China vai intensificar os esforços no domínio da inteligência artificial (IA) e elaborar planos de desenvolvimento para tecnologias emergentes como a computação quântica, de acordo com um relatório de trabalho do Governo apresentado hoje.

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Lusa
05/03/2024 10:08 ‧ 05/03/2024 por Lusa

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Inteligência Artificial

O plano faz parte da estratégia do país para alcançar a autossuficiência tecnológica e reduzir a sua dependência de fornecedores estrangeiros.

No documento lança-se a iniciativa "AI Plus", para promover a integração da IA com a economia real e acelerar a sua aplicação em sectores-chave.

As autoridades esperam que a iniciativa acelere a aplicação da tecnologia de IA em setores como a indústria, agricultura e serviços, melhorando a eficiência e a qualidade da produção.

A iniciativa, que vai promover a criação de novos modelos de negócio e a transformação das indústrias tradicionais, tem também como objetivo reforçar a competitividade internacional da China em ciência e tecnologia.

Quanto à computação quântica, não há planos específicos, mas a sua inclusão no relatório reflete o interesse da China por esta tecnologia emergente e o seu potencial para resolver problemas complexos em vários domínios.

Nas "Duas Sessões", as reuniões anuais da Assembleia Popular Nacional (órgão legislativo) e da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês (CCPPC), uma espécie de senado sem poderes legislativos, os líderes das empresas tecnológicas do país asiático apresentaram uma série de propostas para promover o desenvolvimento da IA, informou o portal económico Yicai.

O presidente da empresa tecnológica Xiaomi, Lei Jun, defendeu a popularização das aulas de IA no ensino obrigatório, a promoção de carreiras de IA nas universidades e o apoio à formação de talentos especializados em IA aplicada.

Zhou Hongyi, presidente da 360 Security Technology, sublinhou a importância da segurança na IA e sugeriu que os modelos de linguagem com mais de 10 mil milhões de parâmetros são suficientes para determinados domínios.

Liu Qingfeng, presidente da empresa tecnológica iFlytek, salientou que a China deve "colmatar o fosso com os Estados Unidos" e obter vantagem nas aplicações industriais e na criação de valor.

Em 2023, a indústria de IA da China atingiu uma dimensão de 500 mil milhões de yuan (64,045 mil milhões de euros), com mais de 4.400 empresas, de acordo com dados do Centro de Desenvolvimento da Indústria da Informação da China.

As expectativas para o futuro da IA na China são "positivas", segundo a mesma fonte, que prevê que o mercado de grandes modelos de IA, um subsetor chave desta tecnologia, atinja 2,1 mil milhões de dólares (1,936 mil milhões de euros) até 2024, o que representa um crescimento anual de 110%.

Leia Também: Investigadores do Porto querem usar IA no diagnóstico de cancro

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