EUA intensificam defesas contra ataques informáticos
O general que lidera os esforços dos EUA contra os ataques informáticos provenientes do estrangeiro e para punir os autores está a preparar "barreiras" contra as incursões que debilitaram agências governamentais e empresas responsáveis por infraestruturas críticas.
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Paul Nakasone, em entrevista à AP, referiu-se, de forma geral, a "um foco intenso" dos especialistas governamentais para melhorarem a obtenção e partiha de informação sobre os ataques informáticos "e imporem custos quando necessário".
Estes custos incluem a ligação pública de países adversários a ataques de envergadura e a exposição da forma como estes ataques foram realizados, disse.
"Até há seis meses, provavelmente diríamos 'Ransomware? (penetrar um sistema informático para o bloquear e exigir um resgate para o desbloquear) É atividade criminosa'", avançou Nakasone. "Mas se tiver um impacto na nação, como temos visto, então torna-se uma questão de segurança nacional. E se é uma questão de segurança nacional, então temos de nos preparar para isso".
Uma onda devastadora de ataques informáticos comprometeu registos governamentais sensíveis e provocou o encerramento de operações de empresas de energia, hospitais e escolas.
Uma campanha de ataques de espionagem da SolarWinds expôs os endereços de correio eletrónico de 80% das contas usadas pelos gabinetes dos procuradores em Nova Iorque e em vários outros departamentos do governo.
Outro ataque informático ao servidor de correio eletrónico da Microsoft afetou um universo potencial de dezenas de milhares de utilizadores.
Nakasone lidera a Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em Inglês), que vigia as comunicações estrangeiras, e o Comando Cibernético, a estrutura do Pentágono para ataques nesta área. Apesar de as duas organizações trabalharem em segredo, têm integrado o esforço da Casa Branca para identificarem publicamente as pessoas e os Estados responsáveis pelos ataques.
A Casa Branca tem associado a SolarWinds aos serviços de informações russos e o ataque à Microsoft à China.
O presidente dos EUA, Joe Biden, pressionou diretamente o seu homólogo russo, Vladimir Putin, em julho, para agir contra os piratas informáticos.
Mas o subdirector da polícia federal (FBI, na sigla em Inglês), Paul Abbate, disse hoje que não há sinais de os dirigentes de Moscovo estarem a reprimir os autores dos ataques de 'ransomware'.
Abbate, Nakasone e outros membros do governo de Biden falaram hoje durante uma conferência sobre informações e segurança nacional.
Nakasone também está a supervisionar os esforços para seguir e anular os esforços estrangeiros para influenciar as eleições nos EUA.
No início do ano, Nakasone revelou que o Comando Cibernético fez mais de duas dezenas de operações para anular interferências nas eleições presidenciais de 2020.
Em julho, Biden disse que a Federação Russa já começou a disseminar informação distorcida dirigia às eleições de metade do mandato, em 2022, classificando a operação como "uma pura violação da soberania" dos EUA.
Nakasone declinou detalhar as alegações contra a Federação Russa, dizendo que os serviços de informações estavam a "gerar pistas que depois iriam partilhar em um futuro não muito distante".
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