Google publica avanços na computação quântica
A Google divulgou hoje informação sobre uma experiência que levou a uma declaração de "supremacia quântica", que foi de seguida contestada pela IBM.
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Tech Google
Na experiência com o processador quântico 'Sycamore', cuja informação foi publicada hoje na revista científica Nature, a Google reivindicou ter conseguido realizar em três minutos e 20 um cálculo matemático de elevada complexidade que um supercomputador convencional demoraria 10.000 anos a fazer.
"A aceleração quântica é possível num sistema do mundo real e não é impedida por leis físicas ocultas", refere o artigo sobre a experiência da Google.
O gigante da informática IBM contestou a 'supremacia quântica' reivindicada pela Google, considerando que subestimou o seu supercomputador convencional 'Summit', que poderia fazer o cálculo em dois dias e meio. O 'Summit' foi desenvolvido pela IBM e está localizado no Laboratório Nacional de Oak Ridge, no estado norte-americano do Tennessee.
Mas especialistas como John Preskill, professor da Universidade de Tecnologia da Califórnia (CalTech) que cunhou o termo 'supremacia quântica' reconhecem o avanço que representa a experiência da Google.
"O marco da supremacia quântica, supostamente alcançado pela Google, é um passo fundamental na procura por computadores quânticos práticos", disse Preskill, citado por agências internacionais, considerando, no entanto, que os efeitos da computação quântica na sociedade "ainda estejam a décadas de distância" e que o cálculo desenvolvido pela Google tem pouco uso prático.
A computação quântica assenta no conceito de 'qubit' ('quantum bit'), por oposição ao 'bit' que é a unidade básica do sistema binário em que assentam os computadores atuais.
Segundo a física quântica, ao contrário de um 'bit' clássico, que está no estado 'zero' ou no estado 'um', um 'qubit' pode estar no estado 'zero' e 'um' ao mesmo tempo, o que representa um aumento exponencial da capacidade processamento de dados.
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