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Google ficou "tão desapontada como toda a gente" com casos de assédio

O responsável da tecnológica Google para a Europa disse hoje ter ficado "tão desapontado, como toda a gente", com os casos de assédio sexual recentemente conhecidos, apoiando os funcionários da empresa que se estão a manifestar.

Google ficou "tão desapontada como toda a gente" com casos de assédio
Notícias ao Minuto

19:13 - 07/11/18 por Lusa

Tech Conferência

"Fiquei tão desapontado como toda a gente. Os envolvidos [nos escândalos] pediram desculpa, mas não chega, temos de fazer mais", disse o responsável pela operação da Google para a Europa, Médio Oriente e África, Matt Brittin, falando na cimeira de tecnologia Web Summit, em Lisboa.

No final de outubro, a Google anunciou que despediu 48 funcionários por alegado assédio sexual nos últimos dois anos, depois de o jornal The New York Times ter divulgado que a tecnológica tinha abafado alguns casos.

Num documento interno dirigido aos funcionários, o diretor-geral da empresa, Sundar Pichai, explicou que entre os empregados despedidos estão 13 altos funcionários, entre eles Andy Rubin, criador do sistema Android.

Isto motivou protestos dos funcionários da gigante norte-americana que, em frente aos escritórios da empresa em todo o mundo, se têm manifestado para exigir medidas contra o assédio sexual.

"Ouvimos as preocupações e apoiamos as pessoas que estão a protestar", afirmou Matt Brittin, vincando que a empresa "tem de fazer mais" para evitar estas situações.

Já questionado sobre as multas impostas por Bruxelas, o responsável disse que a empresa aceitou "o que a Comissão pediu para fazer", estando desde logo "a pagar as multas".

Isto "mesmo acreditando que, no Android, as pessoas têm várias escolhas", notou.

Em julho deste ano, a Comissão Europeia aplicou uma multa com valor recorde de 4,3 mil milhões de euros à Google por abuso de posição no mercado devido ao sistema Android.

Já em outubro, o grupo norte-americano Google anunciou que recorreu contra a multa.

No palco principal da Web Summit, Matt Brittin falou ainda sobre o apelo deixado na segunda-feira no evento pelo criador da internet, Tim Berners-Lee, propondo "um contrato" entre utilizadores, empresas e governos de todo o mundo para "tornar a 'web' num sítio melhor", reduzindo desigualdades e melhorando questões como a privacidade.

"Já assinámos o contrato para a 'web' do Tim Berners-Lee e esperamos que todas as pessoas o façam", referiu o responsável da Google, vincando que a internet "tem de se manter aberta e usável por toda a gente", como defendeu o seu criador há quase 30 anos.

Sobre a privacidade e a segurança 'online', questões levantadas por Tim Berners-Lee, Matt Brittin salientou que "as pessoas têm de estar informadas e têm de ter o poder de controlar" essas áreas.

E essas regras para o setor, a seu ver, têm de ser criadas "pelos reguladores e pelos decisores".

"Não queremos ser o polícia, precisamos de ser a pessoa que está a pôr em prática as regras que a sociedade quer", adiantou.

Já quanto às desigualdades no acesso à internet defendeu que é preciso "passar de um mundo onde só uma minoria está ligada para um mundo onde todos estão 'online'", dando como exemplo que esse alargamento deverá acontecer como "na eletricidade".

A Google está a assinalar 20 anos.

A Web Summit termina na quinta-feira no Altice Arena (antigo Meo Arena) e na Feira Internacional de Lisboa (FIL), sendo esperados mais de 70 mil participantes de 170 países naquela que é a terceira edição de 13 previstas em Lisboa.

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