POUPANÇA NO MINUTO
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"Esta manifestação derrota a tese de que jovens não querem saber"
Jerónimo de Sousa participa esta quarta-feira na manifestação dos jovens trabalhadores e elegeu a precariedade como uma questão central para a juventude e para o futuro do país. "É dramático" um jovem que inicia a sua vida profissional não "saber nada do dia de amanhã", afirmou.
© Reuters
Política Precariedade
O secretário-geral do PCP afirmou esta tarde em Lisboa, durante a manifestação de jovens contra a precariedade, que aquela mobilização da juventude trabalhadora “derrota a tese de que os jovens não querem saber”.
“Os jovens querem saber particularmente em relação à sua vida, à sua profissão, à sua família, que fica altamente comprometida com o grau dos vínculos precários que hoje existem nas empresas de forma diversa”, disse, fazendo referência aos contratos a prazo, às empresas de trabalho temporário, ao trabalho à hora e à peça, aquilo que apelidou de “ataque frontal” ao que ali reivindicam.
“No essencial, [a juventude] quer direito a ter direitos”, sublinhou, considerando ser de “valorizar” a manifestação, que reuniu esta quarta-feira mais de dois mil jovens pelas ruas da capital no dia Nacional da Juventude.
Jerónimo de Sousa aproveitou os microfones dos jornalistas para lembrar que aqueles trabalhadores com vínculos precários fizeram greve para participar numa “demonstração que devia ter eco particularmente junto do Governo que dá o mau exemplo na Administração Pública e que, naturalmente, acaba por incentivar o setor privado para manter estes vínculos precários”.
“A questão da precariedade é central para a juventude e para o futuro do país”, prosseguiu o líder do PCP, afirmando ser preciso “conhecer a realidade”.
“Não é preciso visitar um call center, basta por exemplo ir a um Ministério, onde se encontra situações das mais diversificadas, para além de um outro mundo que quase não é conhecido, das empresas de trabalho temporário, onde claramente os jovens estão a iniciar a sua vida profissional sem saber nada do dia de amanhã. Isto é dramático para as suas vidas, para as suas famílias”, rematou.
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