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Verdes realizam jornadas parlamentares dedicadas ao rio Tejo

O Partido Ecologista Os Verdes (PEV) realiza jornadas parlamentares na segunda e na terça-feira dedicadas ao tema "Rio Tejo -- Poluição e outros conflitos", que levarão os deputados a Santarém, Almada (Setúbal) e Lisboa.

Verdes realizam jornadas parlamentares dedicadas ao rio Tejo
Notícias ao Minuto

16:42 - 23/03/18 por Lusa

Política Ambiente

"Com estas jornadas parlamentares, Os Verdes pretendem alertar, denunciar, investigar e propor diversas matérias relativas à poluição do Tejo", explicou a deputada Heloísa Apolónia, em declarações aos jornalistas no parlamento.

Para a deputada, que é uma das duas parlamentares do PEV na Assembleia da República, a questão da poluição no Tejo tem estado centrada em empresas como a Celtejo, mas existem outras causas, como a atividade agrícola e industrial, a suinicultura ou o mau funcionamento das estações de tratamento das águas residuais.

"Deparamo-nos também com um problema de seca evidente e que tende a agravar-se nos próximos anos, a seca vai-nos acompanhar durante muitos anos e precisamos de adaptar os nossos recursos hídricos", defendeu, por outro lado, Heloísa Apolónia.

Nestas jornadas parlamentares, Os Verdes contam com a participação de Ska Keller, copresidente do Grupo Verde no Parlamento Europeu, Monica Frassoni, copresidente do Partido Verde Europeu, e Gwendoline Delbos-Corfield, membro do Comité Executivo do Partido Verde Europeu (também dos Verdes franceses).

O primeiro dia das jornadas será passado em Santarém e o programa arranca na Ponte do Rio Maior, perto da ETAR/Vale de Santarém, com um encontro com movimentos ecologistas, incluindo ainda vários pontos de observação do Tejo, uma reunião com a Câmara Municipal e uma audição pública, já em Lisboa, ao final da tarde.

O segundo dia das jornadas começará em Almada (Setúbal) e vai centrar-se nos problemas sentidos nos transportes públicos entre as duas margens do rio Tejo.

"Tem havido problemas enormíssimos relativamente ao transporte fluvial, queremos analisar essa situação e fazer propostas", afirmou Heloísa Apolónia.

A deputada salientou que os utentes da margem sul do Tejo têm sido duplamente prejudicados, por um lado por haver duas empresas de transporte -- Fertagus e Metro Sul do Tejo -- que estão fora do passe social e, por outro, pela elevada degradação do transporte fluvial.

Para Heloísa Apolónia, "a privatização não é solução", defendendo, no imediato, um investimento de 50 milhões para a aquisição de barcos de forma a promover o transporte fluvial no Tejo.

"Quando os transportes públicos não dão resposta adequada, os utentes procuram o transporte individual e temos por isso muito mais carros a passar a ponte 25 de Abril", lamentou.

Na terça-feira, o programa das jornadas de Os Verdes será feito todo em transportes públicos, com viagens no Metro Sul do Tejo, no comboio da Fertagus, no autocarro da Carris e no Metropolitano de Lisboa, terminando com uma conferência de imprensa na sede do partido.

Questionada se o projeto do PEV de legalização da morte assistida vai estar em discussão nestas jornadas, Heloísa Apolónia respondeu negativamente.

"Está a ser preparado num grupo de trabalho, não temos pressa nenhuma na sua apresentação, mas a breve prazo ele estará na Assembleia da República", assegurou.

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