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Moreira terá "mais lobos do que cordeiros" se ficar centrado na oposição

A concelhia do Porto do PSD avisou hoje o presidente da Câmara de que "pode contar com cada vez mais lobos e menos cordeiros", se continuar centrado "nos partidos da oposição", sem dar reposta "aos graves problemas da cidade".

Moreira terá "mais lobos do que cordeiros" se ficar centrado na oposição
Notícias ao Minuto

19:30 - 11/03/18 por Lusa

Política PSD

"Se Rui Moreira persistir em permitir que a eficácia e eficiência da resposta da autarquia aos problemas da cidade se deteriorem, com prejuízo da qualidade de vida dos portuenses, pode contar com cada vez mais lobos e menos cordeiros", alertou Alberto Machado, presidente da Concelhia do PSD/Porto, em resposta a declarações feitas no sábado pelo independente Rui Moreira sobre "subsidiodependência na Cultura".

Num comunicado enviado à Lusa, o "PSD do Porto aconselha Rui Moreira a concentrar-se menos nos partidos da oposição e mais na falta de eficácia da atual resposta autárquica aos graves problemas da cidade, como a falta de mobilidade e a falta de resposta social adequada aos sem-abrigo".

O PSD defendeu ainda "uma política de apoios à produção cultural que, ao invés duma visão dirigista e centralista do município erradamente assente em políticas de gosto, permita aos diversos agentes culturais espaço para afirmação da diversidade e pluralismo cultural no Porto".

O independente Rui Moreira afirmou no sábado que é preciso "tirar rapidamente a capa dos cordeiros que afinal são lobos", porque "eles andam aí e podem voltar", com um discurso "economiquês" da "subsidiodependência na cultura".

"Quando julgávamos que isto estava esquecido, ouvimos falar outra vez na sustentabilidade económica da Cultura. Qualquer dia voltam ao tema - tão quente para alguns e tão frio para nós, da subsidiodependência. Nesta matéria não podemos ter dúvidas. Não podemos voltar a ter um discurso virado para o 'economiquês' na Cultura. Temos de ter a coragem de estar atentos e tirar rapidamente a capa dos cordeiros que afinal são lobos, porque eles andam por aí e, acreditem, podem voltar", afirmou o autarca, que teve o seu primeiro marcado pela afirmação de uma "rutura" em relação à política cultural do seu antecessor, Rui Rio, atual líder do PSD.

Para a concelhia do PSD/Porto, Moreira "alertou para os lobos com pele de cordeiro" em "tom de resposta à recente tomada de posição do PSD do Porto, sobre a criação da sexta empresa municipal na cidade".

"O PSD do Porto reitera que a maior ou menor aposta no sector cultural pode e deve ser independente da criação de novas e pesadas estruturas municipais", escreve Alberto Machado, lembrando que o orçamento da Câmara do Porto para a Cultura ascende em 2018 a 7,2 Milhões de Euros.

Os social-democratas do Porto afirmam ainda ser "a favor da aposta na Cultura como elemento de afirmação internacional da cidade do Porto", bem como da "defesa e salvaguarda da identidade cultural do Porto como elemento diferenciador e distintivo da cidade".

"O PSD do Porto não aceita que o presidente da Câmara se posicione como único defensor da aposta cultural na cidade, relembrando que eventos culturais de grande dimensão que contribuíram para a afirmação internacional da cidade, como por exemplo, o NOS Primavera Sound ou o D'Bandada são anteriores à sua chegada à câmara", refere Alberto Machado.

Segundo notícias divulgadas esta semana, a criação da Empresa Municipal de Cultura do Porto (EMCP) foi chumbada pelo Tribunal de Contas (TdC).

Na quarta-feira, a autarquia revelou à Lusa que vai recorrer do chumbo, confiando que as dúvidas levantadas por aquele organismo ficam "esclarecidas" com a resposta.

A Concelhia PSD/Porto exigiu ao presidente da câmara "explicações urgentes" sobre o chumbo à criação da Empresa Municipal de Cultura, reiterando que "sempre foi contra" a estrutura.

A Câmara do Porto reagiu, afirmando em comunicado que nunca divulga acórdãos não transitados em julgado e considerando que o PS e do PSD Porto, ao acusarem a autarquia de manter "segredo" sobre o chumbo prejudicaram "objetivamente a estratégia processual e jurídica da Câmara" no processo.

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