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Bancada do PSD fez "ato de humilhação à liderança de Rio"

O Presidente da Câmara Municipal de Lisboa considera que a bancada do PSD que se posicionou contra a solução da atual liderança do partido "não tem nada para oferecer ao país" e que a votação na eleição de Fernando Negrão correspondeu a uma "humilhação".

Bancada do PSD fez "ato de humilhação à liderança de Rio"
Notícias ao Minuto

23:29 - 27/02/18 por Melissa Lopes

Política Fernando Medina

Fernando Medina está “surpreendido na intensidade” em relação à hostilidade vivida na bancada parlamentar do PSD, expressa na votação de Fernando Negrão para líder da bancada parlamentar.

O autarca de Lisboa considerava já desde o Congresso que havia uma parte do PSD que estava “mais a pensar na gestão da derrota de 2019 do que em construir uma solução de unidade face a uma verdadeira alternativa para as eleições”.

No seu espaço habitual de comentário, na TVI24, Fernando Medina disse que, apesar dos sinais e do ambiente geral no Congresso, o que se passou a seguir surpreendeu-o. “Ultrapassou todas as marcas daquilo que um observador poderia antecipar”, frisou. E o que aconteceu tem, no seu entender, “um grande significado político”.

“Temos um líder que foi eleito que foi empossado num fim de semana, que afirma a sua estratégia e cerca de uma semana depois uma parte importante da elite dirigente do partido – o grupo parlamentar – faz um ato de humilhação à liderança provocando um resultado extraordinariamente baixo”, disse Medina, acentuando a importância acrescida de Fernando Negrão no Parlamento, uma vez que Rio não lá está. Negrão é o seu interlocutor, o seu principal braço.

O autarca considerou que os deputados do PSD, ao tomarem a decisão de não apoiarem a solução escolhida por Rio para o Parlamento, “estão a transmitir um sinal político forte, não diria de guerrilha, mas de guerra aberta dentro do PSD”.

Para Medina, a decisão dos deputados decorre do facto de parte daquele grupo parlamentar saber que não vai continuar como deputado e, como tal, “não têm nada a perder”. “Outros haverá que, esperando que o resultado não seja bom, também não têm razão nenhuma para apoiar esta solução porque acham que esta é uma solução perdedora em 2019”, analisou o socialista, constando ainda outra explicação para o sucedido: “há ali um conjunto de ajustes de contas, situações pessoais que em política têm sempre uma importância maior”. E Rui Rio, opinou Medina, também a sua quota parte de responsabilidade”. “Cometeu alguns erros na gestão de todo o processo”, destacou.

Para Fernando Medina, os críticos de Rio que não querem que o PSD se aproxime a António Costa e ao PS mostram-se contra esse posicionamento do novo líder de uma forma “muito vazia”.

“Porque é que defendem o afastamento face a António Costa e face ao PS? São contra os aumentos dos salários? São contra os aumentos de pensões? A diminuição do défice, a diminuição da dívida? Qual é a política em concreto?”, questionou Medina, respondendo de seguida: “Não têm. É um discurso um bocadinho clubístico, de claque, sectário”. Por fim, Medina concluiu que “este grupo não tem nada para oferecer ao país”, tendo sido, aliás, “esta a estratégia que Passos Coelho ensaiou”.

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