"Sejamos francos, a vida de Rui Rio não é fácil"
O comentador e antigo líder social-democrata esteve esta noite de sábado no congresso do PSD, que está a decorrer em Lisboa.
© Global Imagens
Política Marques Mendes
Marques Mendes marcou presença este sábado no 37º congresso do PSD.
À antena da SIC Notícias, e à margem dos trabalhos no congresso ‘laranja’, o antigo líder do partido e comentador político explicou que foi ali “matar saudades”, embora não da vida política.
“Vim matar saudades sobretudo dos amigos. Abandonei a vida política ativa – não tenho cargos nem vou ter –, mas não abandonei a solidariedade com os meus companheiros de partido.
Sobre o congresso, diz Marques Mendes que encontrou “alguns aspetos muito interessantes”, nomeadamente o esforço de união do partido por parte de Rui Rio, que incluiu convite a Santana Lopes. “É um sinal de inteligência do líder, no sentido de ultrapassar clivagens”.
Marques Mendes elogiou ainda Rui Rio por um discurso que esclareceu matérias que descreve como mais “nebulosas”, possivelmente as referências a um possível bloco central, e disse ainda esperar por domingo, para o discurso final, que espera que seja “virado para as pessoas, para lhes dar esperança, e mostrar o que o PSD pode fazer” que sejam “capazes de gerar esperança”.
Instado a comparar o que Rui Rio tem pela frente, com o período em que liderou o PSD (entre 2007 e 2007, coincidindo com a maioria absoluta do PS de José Sócrates), Marques Mendes afirmou: “Sejamos francos, a vida de Rui Rio não é fácil”.
“Com a economia a crescer, o desemprego a baixar, com as contas em ordem, ainda que tudo isto possa ser fruto da tendência europeia e o crescimento pudesse ser maior, o certo é que são coisas positivas e nós devemos valorizar coisas positivas”.
Este contexto, explica, faz com que “o trabalho da oposição” seja mais difícil.
“Rui Rio não tem condições fáceis e não vale a pena estar aqui a exigir-lhe coisas que às vezes são impossíveis. Agora, há mesmo assim uma janela de oportunidades, desde que o partido esteja unido, tenha propostas alternativas e medidas concretas e não apenas retórica de circunstância”.
O PSD, diz ainda, tem também de “atuar com rapidez”. “Há cinco meses que o partido está desaparecido em combate. É muito tempo”.
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