"É possível investir e dar felicidade aos cidadãos do Porto"
O candidato do PSD à Câmara do Porto, Luís Filipe Menezes, disse hoje que "é possível investir e ao mesmo tempo dar felicidade aos cidadãos", avisando que não podem contar com ele para dizer que não há dinheiro para nada.
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Política Menezes
"Não tenho coragem para ir dizer aos homens da cultura da cidade que o Fantasporto, o FITEI ou o Círculo Portuense de Ópera fecham as portas porque não existem meia dúzia de milhares de euros" para ajudar aquelas instituições, exemplificou.
"Não tenho cara para dizer aos portuenses que o [antigo cinema] Batalha vai ser outro hotel, que o [antigo cinema] Júlio Dinis vai ser uma pensão, que o [antigo cinema] Vale Formoso vai continuar a ser uma igreja e que o [antigo teatro] Sá da Bandeira vai ser destruído e deixar de ser um dos símbolos da cultura popular de base", continuou.
Menezes, que falava no âmbito da apresentação pública da mandatária digital da sua candidatura - apresentadora Sónia Araújo - reforçou: "Não tenho cara para isso, se quiserem um presidente de câmara para isso, não me elejam ".
Sem nunca estabelecer paralelismos explícitos com a gestão imposta pelo atual presidente social-democrata da Câmara, Rui Rio, de grande contenção com os gastos, o candidato do PSD prometeu, "independentemente do que venha a acontecer, encontrar soluções económicas e financeiras para dar respostas a problemas inadiáveis".
Menezes afirmou que "muitos presidentes de junta" de freguesia da cidade desafiaram-no para "conhecer um outro Porto, onde, por exemplo, não há saneamento básico.
"Fico perplexo, porque em Gaia há saneamento básico em todos os metros quadrados de uma área que é quatro vezes a área do Porto", comentou.
Referiu-se ao Cruz, ao Salgueiros e ao Ramaldense, três clubes populares cheios de problemas, disse: o primeiro "não tem balneários" para os seus jovens atletas, o segundo tem de "ir jogar futebol para Matosinhos" e o Ramaldense tem o "campo fechado porque a Junta e o clube não têm dinheiro para pagar a renda ao dono do terreno".
"Quem quiser um presidente para dizer que não há dinheiro para nada e dizer que vamos continuar neste rumo de decrepitude, de comércio a fechar, de bairros sociais [com gente] no desemprego e a passar dificuldades, com velhos isolados e sem tratamento, não vote em mim", salientou.
Luís Filipe Menezes prosseguiu frisando que também tem "preocupação" com a questão financeira. "Basta olhar para as contas da minha autarquia [Gaia] e verificar que uma câmara que investiu quase dois mil milhões de euros em dez anos está entre as 20 do país que tem melhores contas em Portugal", disse.
O candidato referiu depois que "é possível investir, desenvolver, robustecer e ao mesmo tempo dar felicidade aos cidadãos".
Disse, por outro lado, que "é insuportável a ideia que o serviço público de televisão não tenha no Porto um polo fortíssimo, com produção própria e não dependendo de ordens de Lisboa".
"O primeiro-ministro, há meses, prometeu-me que a RTP Internacional fica sediada no Porto", acrescentou.
Além de Luís Filipe Menezes, a corrida eleitoral no Porto está ser disputada pelo socialista Manuel Pizarro, os independentes Rui Moreira e Nuno Cardoso, e os candidatos da CDU, Pedro Carvalho, e do Partido Trabalhista Português, José Manuel Costa Pereira.
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