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Saúde? Oposição acusa PSD, Ventura quer "cartão vermelho" a Temido

A oposição de esquerda acusou hoje o PSD de ter avançado com um debate parlamentar sobre saúde sem apresentar qualquer proposta, enquanto o líder do Chega pediu "cartão vermelho" à cabeça de lista europeia socialista, Marta Temido.

Saúde? Oposição acusa PSD, Ventura quer "cartão vermelho" a Temido
Notícias ao Minuto

17:50 - 09/05/24 por Lusa

Política Saúde

Estas posições foram transmitidas durante o debate em plenário, na Assembleia da República, proposto pela bancada social-democrata sobre o estado do Serviço Nacional de Saúde (SNS) em Portugal.

A líder parlamentar do PCP, Paula Santos, assim como a deputada do Bloco de Esquerda Isabel Pires assinalaram que o PSD já não é oposição, está agora no Governo, razão pela qual tinha obrigação de apresentar propostas naquele debate para o setor da saúde.

Paula Santos e Isabel Pires referiram que, por exemplo, se desconhece qualquer proposta do Governo para os profissionais do setor da saúde, enquanto o deputado Paulo Muacho, do Livre, questionou a bancada do PSD sobre quando é que o Governo vai apresentar soluções para o SNS".

"Vem o PSD a este debate com uma mão cheia de nada. O PSD sabe que a campanha eleitoral já terminou?", interrogou-se o deputado do Livre. A seguir, no mesmo sentido, a deputada do PAN Inês de Sousa Real acusou o primeiro-ministro, Luís Montenegro, de ter "prometido mundos e fundos" na recente campanha eleitoral.

"Mas, agora, o Governo nada diz sobre saúde, enquanto a bancada do PSD se furta a esclarecimentos", criticou a deputada do PAN.

Em sentido diametralmente oposto às intervenções do PCP, Bloco de Esquerda, Livre e PAN, o presidente do Chega subiu à tribuna de oradores para observar que o PS escolheu a antiga ministra da Saúde Marta Temido como sua cabeça de lista às eleições europeias.

"O PS é o partido mais hipócrita deste país, destruiu o SNS com os seus companheiros de viagem da extrema-esquerda, e ainda escolhe Marta Temido como sua candidata. Espero que nas eleições europeias não seja mostrado um cartão amarelo ao PS, mas o maior cartão vermelho de sempre", declarou.

André Ventura aproveitou para deixar depois algumas farpas ao atual Governo OSD/CDS-PP, dizendo que ainda na quarta-feira estavam macas e ambulâncias à porta dos Hospitais da Universidade de Coimbra. E deixou uma advertência: "Esperamos que o programa de emergência para a saúde não seja como o choque fiscal".

"Queremos a extinção da direção executiva do SNS. Se for para trocar executivos com o cartão rosa por outros com cartão laranja, connosco não passarão", ameaçou o líder do Chega.

O deputado do PSD e ex-bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, foi o primeiro a responder-lhe, dizendo que a ministra da Saúde anunciou um plano de emergência para o setor com um prazo de 60 dias, e só está há 30 dias em funções.

Pela parte do PS, o deputado Jorge Botelho evocou a ação de Marta Temido enquanto ministra no combate à covid-19.

Mas André Ventura contrapôs: "Não é para agradecer a Marta Temido a luta contra a covid-19, mas aos profissionais de saúde, que exerceram a sua missão em condições muito difíceis. Para o PS, zero de agradecimentos", acrescentou.

Em relação ao plano de emergência para a saúde, a líder parlamentar do PCP disse temer que tudo não passe "de um plano de negócios para o setor privado".

"Não há qualquer preocupação do privado com a prevenção da doença, isso é um profundo engano e viu-se como atuaram durante a pandemia da covid-19", criticou Paula Santos, antes de Paulo Muacho, do Livre, voltar a atacar o atual executivo, considerando que "a única coisa que tem para mostrar são demissões".

Pela parte do CDS-PP, João Almeida referiu que, desde 2016, a principal promessa dos governos de António Costa foi atribuir a cada português um médico de família. Depois, usando a ironia, deixou uma pergunta à bancada do PS: "Quando entram em funções esses médicos?"

Em jeito de conclusão, João Almeida referiu que a prioridade do atual Governo é o utente "e não as estatísticas apresentadas pelo PS". E procurou deixar uma garantia sobre o programa de emergência para a saúde do atual Governo: "Seremos muito mais eficazes em seis meses do que o PS em oito anos de Governo".

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