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Ministério "fez tudo" para concluir segundo 'patrulha' para a Marinha

A secretária de Estado da Defesa, Berta Cabral, afirmou hoje que o Ministério da Defesa Nacional (MDN) "fez tudo" para concluir o segundo "patrulha" para a Marinha, criticando que as "grandes folgas orçamentais" dos últimos anos não tenham sido aproveitadas.

Ministério "fez tudo" para concluir segundo 'patrulha' para a Marinha
Notícias ao Minuto

20:29 - 31/07/13 por Lusa

Política Berta Cabral

"Há oito ou quase nove anos que este NPO [Navio de Patrulha Oceânica] estava para ser terminado, em alturas em que houve grandes folgas orçamentais, e apesar de agora estamos com dificuldades o MDN fez tudo para que se concluíssem estes trabalhos para pôr o navio ao serviço da Marinha", afirmou, à agência Lusa, a secretária de Estado da Defesa, Berta Cabral.

O novo 'patrulha' em construção nos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) iniciou hoje provas de mar, oito anos depois de ter sido lançado à água, período marcado pelas dificuldades financeiras vividas pela empresa.

"Hoje é por isso um marco importante para Viana do Castelo", afirmou Berta Cabral.

O NRP (Navio da República Portuguesa) Figueira da Foz é o segundo NPO da classe "Viana do Castelo" construído naqueles estaleiros, segundo encomenda do Governo em 2004.

Dependendo das provas de mar que hoje começaram a ser realizadas, destinadas a testar a capacidade do navio e a detetar eventuais anomalias, a entrega deverá ser concretizada até final do ano.

A bordo seguiram 25 elementos da Marinha e mais 50 técnicos, entre trabalhadores dos ENVC e das empresas que forneceram equipamentos, cujo regresso a Viana do Castelo está previsto para as 13:00 de quinta-feira.

Em setembro deverão realizar-se novas provas de mar.

À semelhança do NRP Viana do Castelo - o primeiro da classe, entregue em abril de 2011 -, a guarnição deste segundo 'patrulha' será composta por um capitão-tenente (comandante), quatro oficiais subalternos, oito sargentos e 25 praças.

Este primeiro par custou mais de 100 milhões de euros e foi lançado à água em outubro de 2005, na doca da empresa.

No caso do NRP Figueira da Foz, a sua construção chegou a estar parada durante mais de um ano, até final de 2012, face às dificuldades financeiras da empresa e ao processo, que estava em curso, de reprivatização dos ENVC.

A sua conclusão implicou um investimento que ronda os oito milhões de euros.

O NRP Figueira da Foz integra uma encomenda de oito NPO feita em 2004 pelo então ministro da Defesa Paulo Portas aos ENVC, para substituir a frota de corvetas, com 40 anos de serviço.

A construção dos restantes seria revogada já pelo atual Governo, através de uma resolução que em 2012 anulou a encomenda aos estaleiros de Viana dos outros seis NPO e das cinco Lanchas de Fiscalização Costeira (LFC), negócio avaliado em 400 milhões de euros.

Com desenho próprio dos estaleiros, estes navios têm 83 metros de comprimento, capacidade para receber até 67 pessoas e podem transportar um helicóptero Lynx.

Concebidos como navios militares não combatentes, podem ser utilizados para fiscalização, proteção e controlo das atividades económicas, científicas e culturais ligadas ao mar.

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