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"Não entendemos que o cumprimento dos direitos seja moeda de troca"

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, disse hoje, na cidade cabo-verdiana do Mindelo, que não entende que o cumprimento de direitos nos Estados Unidos seja uma "moeda de troca".

"Não entendemos que o cumprimento dos direitos seja moeda de troca"
Notícias ao Minuto

18:53 - 29/01/18 por Lusa

Política Santos Silva

O chefe da diplomacia portuguesa respondia assim a uma questão da agência Lusa depois do Presidente norte-americano, Donald Trump, ter deixado entender, na semana passada, que admite negociar o acesso à cidadania dos jovens indocumentados, conhecidos como "sonhadores", num período de 10 a 12 anos, em troca do financiamento do muro com o México.

Trump quer que o Congresso aprove um financiamento de 30 mil milhões de dólares (cerca de 25 mil milhões de euros) para segurança fronteiriça, dos quais 25 mil milhões de dólares (quase 21 mil milhões de euros) para construir um muro na fronteira com o México.

"Não entendemos que o cumprimento dos direitos seja de quem for possa ser moeda de troca. Os direitos que as pessoas têm cumprem-se por si mesmo", afirmou Augusto Santos Silva.

O Presidente dos EUA disse também que se não for alcançado um acordo para dar uma solução aos cerca de 800 mil "sonhadores" ('dreamers') que vivem no país, poderá adiar o prazo de vencimento do DACA, o programa que os protege da deportação, para depois de 05 de março, data que ele próprio fixou em setembro passado.

O ministro português esclareceu que, neste momento, não há portugueses em risco de serem deportados dos Estados Unidos da América, e que o que está em questão é o DACA, programa que protege os indocumentados da deportação, e que está na agenda legislativa norte-americana.

"Nós acompanhamos a questão com todo o interesse, mas respeitamos as regras norte-americanas e esta questão é agora tratada pelo Congresso dos Estados Unidos", prosseguiu.

Augusto Santos Silva disse à Lusa que se a questão for colocada "por via diplomática", será considerada "com cuidado e educação".

"Mas não creio que se venha a colocar", concluiu o chefe da diplomacia portuguesa, que iniciou hoje, na ilha de São Vicente, uma visita de dois dias a Cabo Verde.

No Mindelo, visitou ao Escritório Consular de Portugal, a Escola Portuguesa e o Centro Cultural Português e ainda vai inaugurar as obras de reabilitação do Liceu Gil Eanes, que foram financiadas por Portugal.

Na terça-feira, desloca-se a cidade da Praia, na ilha de Santiago.

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