"O rumo de Portugal é o mesmo desde o início da democracia"
Marcelo falou esta tarde no Palácio de Queluz, durante a apresentação de cumprimentos de Ano Novo aos embaixadores e restante corpo diplomático acreditado em Portugal.
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Política Presidente Marcelo
No discurso que o Presidente Marcelo proferiu, perante o corpo diplomático estrangeiro, salientou a “previsibilidade de Portugal nas suas relações externas” e reconheceu “o ano difícil de 2017”.
O chefe de Estado começou por dar as boas vindas aos presentes, convidando-os a “maravilharem-se com Portugal”, sublinhando os valores do país, “previsível, consistente, orgulhoso da sua história, língua e cultura, consciente da sua entidade marítima e localização ideal geopolítica no Continente Europeu”.
Marcelo apontou que “o rumo de Portugal é o mesmo desde o início da democracia”, “consistente e previsível” tanto na sua política interna como nas suas relações externas.
“Orgulhamo-nos de ser Estado Nação e de ser Nação Estado”, declarou, frisando que neste ano, que há pouco arrancou, “europeus puros e isolados é algo que nunca haverá”. Neste sentido, Marcelo defendeu uma política externa baseada nos valores da “internacionalização e do multiculturalismo”.
Esta política externa “aberta”, acrescentou, tem do seu lado uma política interna que a ajuda a concretizar. “Queremos mais jovens, mais académicos portugueses em todo o mundo, na UE, nas Nações Unidas, crescimento e emprego, finanças sãs, consolidação bancária, concertação social, educação, qualificação, inovação, justiça social. Aposta em novas parcerias, renovação do tecido empresarial, melhoria nas funções clássicas do estado – tudo assente em estabilidade política", referiu Marcelo.
O Presidente falou também na necessidade de proximidade política para com a população e na prevalência de um “respeito atento da soberania popular, para não darmos uma aberta ao populismo, à demagogia, e sobretudo à xenofobia”.
Marcelo o seu discurso concluiu afirmando que o ano começa já com muito trabalho, “com exigência, rigor e paixão na defesa e proteção das comunidades pelo mundo: Europa de Leste, Ásia, Mediterrâneo e Médio Oriente. Prestando apoio às Nações Unidas, às chancelarias, tendo em atenção a segurança cibernética, defesa do ambiente, intervenção nos campos de batalha, situação dos refugiados, estatuto da mulher, defesa das crianças e direitos humanos”.
Evocando o aniversário de um século do começo da I Guerra Mundial, em 1918, o chefe de Estado rematou dizendo que “os nossos desafios não cessam, pode o mundo inquietar-se! Aconteça o que acontecer todos conhecem os nossos valores paz, desenvolvimento, direitos humanos e preocupações ambientais. Desejo a vossas excelências um ano muito feliz”.
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