"Não sei caracterizar o PSD ideologicamente. Duvido que alguém saiba"
Miguel Sousa Tavares comentou, esta segunda-feira, o resultado das eleições diretas no PSD que deram a liderança do partido a Rui Rio.
© Global Imagens
Política Sousa Tavares
O ex-autarca do Porto derrotou Pedro Santana Lopes na corrida à liderança dos sociais-democratas, mas não por uma margem elevada. Rui Rio venceu com 54% dos votos, mas o adversário reuniu 45% das preferências o que causou algum espanto a Miguel Sousa Tavares. “Acho extraordinário que tenha havido uma larga maioria de deputados do PSD a apoiar Santana Lopes, mas houve”, começou por dizer no seu comentário semanal no ‘Jornal da Noite’ da SIC.
Nesta senda, o escritor disse também que “parece que há agora dois PSD: o de Rio e o de Santana”, considerando ainda que o “discurso de Rui Rio não foi de grande unidade” ao “dizer que queria acabar com o clube de amigos e interesses” existentes no partido.
E sobre o confronto latente entre o líder e o líder parlamentar do PSD, Sousa Tavares reconhece a existência de “duas legitimidades”.
“O líder partidário recém-eleito e sem assento parlamentar tem todo o direito de querer ter um líder parlamentar que o representa e que não tenha estado do lado do opositor [como é o caso de Hugo Soares]. Por outro lado, o líder parlamentar foi eleito pelos deputados do PSD”, explicou.
Por esta razão, Sousa Tavares mostra-se incapaz de dizer que “PSD é este” e garante que “dificilmente” alguém o saberá dizer.
“Do ponto de vista ideológico não sei caracterizar o PSD e duvido que, hoje em dia, alguém saiba”, rematou.
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com