Rui Rio como líder do PPD/PSD? “Para António Costa seria o ideal”
Santana Lopes encerrou a campanha na Maia, onde discursou perante os militantes.
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Política Santana Lopes
Pedro Santana Lopes encerrou a campanha às eleições diretas na Maia. Discursando pela última vez perante os militantes, antes da eleição de amanhã, Santana Lopes explicou por que razões deve ser ele a vencer o partido e não o seu rival Rui Rio.
“Do ponto vista político”, explicou, “se o PPD/PSD escolher a outra candidatura, está a aceitar que o partido possa secundar a tese que lhe é proposta de, à partida, considerar admissível viabilizar governos minoritários do PS”, tendo o PS de Costa “violado o costume constitucional” de deixar governar quem ganha eleições, justificou.
“A questão é política”, insistiu, puxando para o seu discurso as palavras de Louçã (“António Costa só pode acender uma vela para a vitória de Rui Rio”).
“Louçã disse que António costa devia estar a pôr uma velinha para um determinado resultado desta eleição. Por acaso, eu em Viseu falei há pouco de duas velas, com essa finalidade”, afirmou, sublinhando ainda que “para Costa seria o ideal” que Rio vencesse as diretas no PSD. Se tal acontecesse, a partir Costa “faria o resto da legislatura, a preparação de eleições a pensar: ‘aconteça o que acontecer, estou safo. Ou governo com a frente esquerda ou então governo com PPD/PSD’”.
“Devo-vos dizer que nunca vi uma coisa destas num partido que tem por vocação ser o primeiro partido e ter responsabilidades de governo”, atirou o candidato, que por esta altura recebeu uma salva de palmas.
Lembrando que o PSD já teve de viabilizar, no passado, governos minoritários do PS, Santana defendeu que, quando isso aconteceu, “António Costa não tinha feito a opção de não respeitar quem tinha ganho as eleições, e mesmo tendo sido derrotado, preferiu ir coligar-se com outros partidos, sem ter avisado o povo português”. Santana Lopes falou ainda em “dois pesos e duas medidas” na hora de viabilizar governos minoritários do PS e governos minoritários do PSD.
“Isto é muito pior do que ser anjinhos”, disse, garantindo: “E não é por vingança”. “É porque consideramos que este costume constitucional tem que ser respeitado, porque se não há uma subversão constante das regras do funcionamento partidário".
“E o PPD/PSD tem que velar por si. O partido não se pode entregar para sempre nas mãos de um caminho de uma solução que perpetua o seu partido rival no poder”, rematou.
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