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No último discurso, Passos acusa PS de tratar "cidadãos como clientes"

Passos discursou no jantar de Natal do partido.

No último discurso, Passos acusa PS de tratar "cidadãos como clientes"
Notícias ao Minuto

21:25 - 19/12/17 por Andrea Pinto com Lusa

Política PSD

Pedro Passos Coelho protagonizou aquele que será, à partida, o seu último discurso enquanto líder do PSD. Nele, o ex-primeiro-ministro voltou a atribuir o bom momento vivido agora no país aos sacrifícios impostos pelo seu governo, mas deixou alguns apontamentos menos positivos à forma de fazer política do Partido Socialista. 

“Temos uma certa confiança em relação ao futuro”, disse Passos Coelho, repetindo as palavras proferidas por Mário Centeno, as quais considera só poderem ser ditas graças aos sacrifícios que foram impostos pelo seu Governo.

“Este era o tempo do ministro da Finanças, que agora tem uma responsabilidade grande no Eurogrupo, de persuadir o Governo de que está na altura não só de colher benefícios mas pôr em prática um conjunto de reformas que nos possam acrescentar reforma porque não viveremos eternamente do que fizemos mas daquilo que faremos hoje e nos próximos anos”, disse. 

O líder ‘laranja’ fez ainda uma análise à política feita no país, considerando que estamos a “assistir a uma maneira de fazer política que não é nova, já a vimos noutros tempos da nossa história enquanto país democrático", referindo que não gosta de estar a assistir à "repetição de más práticas". Em causa, estará o facto de o “Governo segmentar todas as suas ofertas para capturar os cidadaõs como clientes”. 

“A política tem uma coisa extraordinária que é a nossa capacidade de pensar nos outros. Cada um deve defender os seus interesses mas é impensável que cada um se ponha em posição egoísta sem saber distinguir que é o seu interesse e o interesse comum", defendeu.

"Este instrumento já foi utilizado pelo PS e está a ser usado persistentemente", disse, remetendo como exemplo para os incêndios que se vivenciaram no país.

"Este é realmente um ano que está a terminar do qual não podemos ter boas lembranças", afirmou, considerando que os problemas do Estado que estiveram na origem dos incêndios "são falhas que continuam a existir".

Passos Coelho lamentou não ter visto o primeiro-ministro, António Costa, que este fim de semana visitou algumas das zonas afetadas e entregou casas já reconstruídas, destacar o papel da sociedade civil nesse esforço.

"Ao cabo de meio ano, o Estado continua a mostrar, infelizmente, que não tem condições para responder às exigências que a sociedade civil sente", afirmou.

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