PEV apoia candidatura da calçada portuguesa a Património da Humanidade
O Partido Ecologista Os Verdes (PEV) apresentou no Parlamento um projeto de resolução pelo apoio à candidatura da calçada portuguesa a Património Cultural Imaterial da Humanidade, "um património de todos os portugueses que importa preservar e valorizar".
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Política Parlamento
O projeto de resolução do PEV, divulgado no 'site' da Assembleia da República, é "pela valorização da calçada portuguesa, o apoio à candidatura a Património Cultural Imaterial da Humanidade e a valorização da profissão de calceteiro".
Recordando que a candidatura a Património Cultural Imaterial da Humanidade da UNESCO "está neste momento a ser preparada pela Associação Calçada Portuguesa", defende que esta "deverá mover todos, pois é um património de todos os portugueses que importa preservar e valorizar".
A Associação Calçada Portuguesa, entidade sem fins lucrativos, integra a Câmara Municipal de Lisboa, a Associação Portuguesa dos Industriais de Mármores, Granitos e Ramos Afins (ASSIMAGRA), a União das Cidades Capitais Luso-Afro-Américo-Asiáticas (UCCLA), a Universidade de Lisboa e o Grupo Português da Associação Internacional para a Proteção da Propriedade Intelectual (AIPPI).
Com o projeto de resolução, o PEV pretende que a Assembleia da República recomende ao Governo "que desenvolva as diligências necessárias com vista à valorização e defesa da calçada portuguesa, uma expressão artística tradicional e distintiva de Portugal, à valorização e dignificação da profissão de calceteiro, genuinamente portuguesa e intimamente ligada ao património cultural do nosso país e ao apoio à candidatura da calçada portuguesa a Património Cultural Imaterial da Humanidade da UNESCO".
A Câmara de Lisboa aprovou, há um ano, por unanimidade, o arranque do processo de candidatura da calçada portuguesa a Património Cultural Imaterial da Humanidade.
Na altura, a autarquia esclareceu que a candidatura não poderia ser apresentada antes de 2018, já que Portugal faz parte do Comité do Património da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) até esse ano.
Aquando da aprovação, a autarquia decidiu também recolocar a escultura criada para homenagear os calceteiros, inicialmente situada na rua da Vitória, em frente à Igreja de São Nicolau, na Baixa Pombalina, e que foi retirada após vandalismo.
A peça, do escultor Sérgio Stichini, criada em 2006, está desde outubro na Praça dos Restauradores.
Portugal tem sete distinções de Património Imaterial da Humanidade, a primeira obtida em 2011 com o Fado, ficando reconhecida a importância deste género musical como parte da identidade cultural do país.
Em 2013 foi classificada a dieta mediterrânica, em 2014, o cante alentejano, canto coletivo, sem recurso a instrumentos e que incorpora música e poesia, em 2015, o fabrico de chocalhos, ofício e manifestação cultural que tem no Alentejo a sua maior expressão a nível nacional, em 2016, o processo de fabrico do barro preto de Bisalhães, em Vila Real, e a falcoaria portuguesa. Hoje, foi classificada a produção de "Bonecos de Estremoz".
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