Passos acusa Governo de fazer parecer que fez "milagre das rosas"
O líder do PSD falou aos jornalistas sobre a intenção de votar contra o Orçamento do Estado para 2018, deixando muitas críticas ao Governo socialista.
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Política PSD
Em conferência de imprensa, Hugo Soares, líder parlamentar do PSD, garantiu esta sexta-feira que o partido vai votar contra o Orçamento do Estado (OE) para 2018, uma decisão que terá sido tomada no Conselho Nacional do PSD desta quinta-feira.
Pedro Passos Coelho alongou-se sobre essa decisão esta tarde de sexta-feira, em declarações aos jornalistas, onde começou por dizer que o terceiro orçamento do atual Governo “não difere muitos dos anteriores” e que “é um orçamento que revela que o Estado não está a olhar para o futuro, está apenas a olhar para o dia a dia, para o ano corrente”.
O ainda líder do PSD explicou o Executivo tem feito “algum alargamento das prestações e da despesa” com benefícios que se extraíram “da conjuntura externa mais favorável e também das reformas que se fizeram no passado”, mas que não é feita a “consolidação que o Estado continua a necessitar de fazer”.
“Aquilo que se passa - e a Comissão Europeia chamou a atenção para isso, mas também o Conselho de Finanças Públicas e a UTAO – é que à boleia do crescimento verificou-se um desagravamento do défice público mas não é um desagravamento estrutural”, afirmou.
Passos Coelho explicou, assim, que se trata de um crescimento “à boleia das circunstâncias”, aproveitando resultados positivos mas que são “voláteis”.
Por outro lado, o líder social-democrata criticou a degradação da qualidade dos serviços públicos em várias áreas. “Muitos níveis de políticas públicas relevantes que vêm sendo sacrificadas para que o Governo possa fazer o discurso de que a austeridade acabou e que conseguimos fazer o milagre das rosas”, atirou.
Passos acredita que “diminuir o défice e, ao mesmo tempo, ter crescimento e reposição dos salários parece uma coisa fantástica, mas que só é possível porque temos o Governo que corta mais no investimento público de que há memoria”.
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