PCP realça "avanços" e espera política de direita "enterrada no passado"
O líder parlamentar do PCP, João Oliveira, valorizou hoje os "avanços" da proposta orçamental na reposição de direitos e rendimentos, desejando que "fique enterrada no passado" a "política de cortes do PSD e do CDS-PP".
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Política OE2018
"Sendo hoje dia de finados, não estranhamos que o PSD e o CDS-PP tenham trazido aqui uma homenagem à sua política de cortes e de empobrecimento e de exploração que, pela parte do PCP, desejamos que fique enterrada no passado da nossa vida nacional e que não seja recuperada seja pela mão de quem for", disse João Oliveira.
Num pedido de esclarecimento ao primeiro-ministro durante o debate do Orçamento do Estado para 2018, João Oliveira disse que o partido "valoriza" a "reposição de direitos e rendimentos" consolidada na proposta, que tem "limitações", e exige "opções de rutura com a política de direita".
"Fazemos esta apreciação com a noção de que em tudo o que é avanço está presente a intervenção do PCP", disse, acrescentando esperar que na especialidade sejam considerados "avanços nas respostas aos problemas estruturais do país".
Para além da resposta orçamental aos problemas decorrentes dos incêndios, o deputado manifestou preocupações quanto "ao aumento geral dos salários" e reiterou a necessidade do aumento do salário mínimo nacional para os 600 euros já em janeiro de 2018.
O combate à precariedade, o reforço do investimento público para níveis que resolvam "problemas atuais e de futuro", o reforço do investimento nos serviços públicos que abranja os serviços e forças de segurança e forças Armadas foram outras preocupações manifestadas pelo PCP.
A política orçamental exige ainda "a libertação de constrangimentos internos e externos" e a "concretização de uma política patriótica e de esquerda", defendeu João Oliveira.
Na resposta, o primeiro-ministro lembrou que o governo e o PCP tem estado a fazer "um exame comum" da proposta orçamental, que continuará em sede de especialidade.
"O que afasta não é propriamente uma discordância face à bondade das medidas mas sim face à capacidade de a concretizar", advertiu no entanto o primeiro-ministro.
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