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"Se Passos continuasse líder, eu não seria candidato à liderança do PSD"

O social-democrata Santana Lopes é candidato às eleições internas do PSD e adversário de Rui Rio.

"Se Passos continuasse líder, eu não seria candidato à liderança do PSD"
Notícias ao Minuto

23:00 - 25/10/17 por Inês André de Figueiredo

Política Santana Lopes

Santana Lopes é candidato à liderança do Partido Social Democrata e, em entrevista à TVI, explica as suas razões e aquilo que o fez avançar. Acima de tudo Portugal, assegura quando questionado sobre a decisão de querer ser o número um do partido 'laranja'. 

"Perante a realidade que fui observando tive de tomar uma decisão rápida. Se Passos continuasse líder não seria candidato à liderança, não seria candidato contra ele nem contra ninguém", começou por dizer. 

Pedro Santana Lopes acredita que é seu "dever" entrar nesta luta política dentro do partido e considera que a sua "experiência multifacetada" pode contribuir para isso, mas assegura que nunca o fará por interesse.

"As pessoas acham que os políticos se candidatam por interesses, eu já exerci estes cargos, não tenho uma ambição vã", explica. Porém, "é para ganhar, se Deus quiser".

"Vim para clarificar e para unir depois", reiterou, como fez na apresentação da sua candidatura e, hoje, poucos dias depois, realça que "as coisas estão a correr bem". 

Questionado sobre o seu adversário - Rui Rio -, Santana Lopes fez questão de mostrar que, ao contrário do ex-presidente da Câmara do Porto, acredita que há mais que une os candidatos do que os separa. "Tanta coisa que nos une, somos do mesmo partido, foi meu vice-presidente, colaborámos em várias instâncias, ganhámos câmaras municipais no mesmo dia (Lisboa e Porto), temos a mesma ideologia, acreditamos no projeto europeu, somos ambos pessoas de bem".

Quanto ao que os separa, Santana aponta: "O que nos separa, nos últimos anos, é a atitude em relação ao partido e o relacionamento com o partido". 

"Isto não é a guerra do Vietname nem são legislativas", atira. No fundo, trata-se simplesmente do momento em que o "partido vai escolher o líder mais adequado a este novo ciclo político". 

Santana Lopes faz questão de mostrar que os anos em que esteve longe do poder político lhe deram mais maturidade, frisando que não pretende "gerir o que existe", mas sim impor "a diferença do estilo e a diferença da ideia sobre Portugal". 

"As pessoas não me viram agitado, nem em combates. Todos temos direito a momentos melhores e piores. Venho calmo, sereno, disposto a construir pontes de entendimento, a trabalhar com todos os do meu partido e a chamar as novas gerações", refere o candidato a líder social democrata, mostrando estar 'bem com a vida'.

"São precisos programas completos que, em anos anteriores, não tive a força política para os fazer, não fui legitimado pelo voto", realçou o antigo primeiro-ministro. 

E, quando o nome do seu adversário é novamente chamado à conversa, Santana revela não entender a atitude de Rui Rio relativamente à proposta dos 21 debates pelo país. "Chamar espetáculo ambulante o irmos discutir as bases não faz sentido nenhum, acho que é um erro da parte dele. Acho que numas eleições de partido temos de dar primazia aos debates junto das bases". 

"Estou farto de eleições cheias de equívocos que passam a correr e depois escolhe-se alguém sem saber bem porquê", acrescentou ainda o social-democrata. 

"Acho que tenho os melhores projetos, as melhores ideias e as melhores obras", atirou, frisando que "ninguém nega essa capacidade de decidir, de realizar, de sonhar e de fazer algo que nunca tenha sido feito". "A vida já me deu tanto, agora acho que tenho o dever de retribuir", ressalvou, recordando as palavras do Presidente da República.

Do PSD para o país, Santana Lopes esclarece que assumirá "o legado, em toda a sua dimensão, do trabalho de Passos Coelho", valorizando o trabalho do grupo parlamentar onde tem havido "heróis no combate político". 

"O PPD-PSD tem de ter um líder, não podemos ter um líder crispado, um líder que tenha dificuldade de ir ter com as pessoas", apontou, frisando que é preciso olhar para os bons exemplos como o de Marcelo Rebelo de Sousa e a forma como é perante a população.

[Notícia atualizada às 21h47] 

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