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É preciso saber "se desafeição de Belém é pontual ou se veio para ficar"

Para Vital Moreira, para se saber se estamos perante um novo ciclo político “há que verificar se ele consegue reforçar o grau de compromisso político dos parceiros da protomaioria parlamentar e a que preço, e se a desafeição de Belém é pontual ou se veio para ficar.

É preciso saber "se desafeição de Belém é pontual ou se veio para ficar"
Notícias ao Minuto

11:30 - 21/10/17 por Melissa Lopes

Política Vital Moreira

Vital Moreira comenta, no blogue Causa Nossa, o discurso do Presidente da República de terça-feira passada, um discurso onde muitos viram um “ataque ao Governo”, acusando-o até de ter “uma agenda escondida de derrube ao Governo”.

No entender de Vital Moreira, essas são acusações “sem razão”.

Sendo Vital “insuspeito de qualquer simpatia pelo ativismo presidencial”, diz não ter ficado surpreendido pela “admoestação política ao Governo quanto à reação à tragédia aos fogos florestais” que, considera, “revelou várias fragilidades”.

“Como ‘supervisor’ independente do sistema político e ‘árbitro’ do seu funcionamento, o Presidente não governa nem cogoverna (nem, muito menos, 'contragoverna'), mas tem um poder de conselho, de alerta e, mesmo, de advertência política em casos justificados”, prossegue Vital, considerando que “é claro que pela primeira vez”, Marcelo se demarcou politicamente do Governo. “E de forma ostensivamente pública”. O que, entende, “pode alterar o propício e benévolo ambiente político de que o executivo tem beneficiado e fragilizar a sua posição”.

Apesar disso, “também é certo que no nosso sistema constitucional os governos não precisam de apoio presidencial e que, se tiverem um sólido apoio parlamentar, podem mesmo conviver com a inamistosidade presidencial, como sucedeu no passado com vários governos”, sublinha, fazendo referência ao “novo ciclo” político de que “muitos observadores” falam. Para saber se estamos mesmo perante um novo ciclo político, “ há que verificar se ele consegue reforçar o grau de compromisso político dos parceiros da protomaioria parlamentar (no que a moção de censura do CDS pode ajudar...), e a que preço, e se a desafeição de Belém é pontual ou se veio para ficar”, finaliza.

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