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Vivemos numa "fantasia democrática. É preciso assumir responsabilidades"

Marisa Matias, num espaço de debate, comenta a situação atual do país e lança farpas à direita.

Vivemos numa "fantasia democrática. É preciso assumir responsabilidades"
Notícias ao Minuto

22:30 - 20/10/17 por Notícias Ao Minuto

Política Marisa Matias

Num habitual espaço de debate na antena da TVI 24, Marisa Matias foi convidada a comentar a situação dos incêndios que deflagraram no território nacional no fim de semana passado e que vitimaram dezenas de pessoas.

Com efeito, a deputada do parlamento europeu começa por referir que, nos últimos 20 anos, “vivemos num processo sistemático de desmantelamento das forças de proteção civil e de serviços de proteção, de liberalização da floresta e da não existência de cadastro".

Entretanto, "começou a desenhar-se uma política para a floresta em Portugal, mas não é suficiente. Durante o verão, na sequência dos incêndios, registaram-se mais de 100 mortos em situações que deveriam ter sido evitadas. E as responsabilidades têm ser apuradas”.

Nos últimos anos vivemos também “numa espécie de fantasia democrática e nada ficou resolvido com a demissão da ministra. As melhorias só vão aparecer quando se acelerarem as reformas que começaram a ser feitas”.

Na opinião de Marisa Matias, “a oposição de direita não tem deixado de repetir à exaustão de que a recuperação de rendimentos se deve às medidas que foram tomadas nos seus mandatos. Mas, quando falamos de catástrofes, os problemas devem-se apenas ao Governo atual. E não esqueçamos que Assunção Cristas foi responsável pela liberalização dos eucaliptos. É preciso seriedade para assumir a responsabilidade”.

No seu comentário, a ex-líder partidária aproveitou a oportunidade para explicar que Portugal irá associar-se a Espanha para concorrer ao Fundo de Solidariedade da União Europeia porque “as vidas, as terras, os cultivos e tudo o que se perdeu não tem valor económico suficiente para alcançar os mínimos necessários para ter direito ao Fundo. Isto porque estes fundos de compensação foram desenhados para situações de inundações”.

Para terminar, Marisa Matias realça que espera que “haja uma vigilância importante porque esta é a oportunidade de termos uma floresta mais sustentável. Espero que a tragédia que assolou o país não seja usada para outra coisa que não seja a reconstrução da floresta com os meios e os recursos necessários para prevenir catástrofes e que não venham a surgir obras faraónicas de interesse económico duvidoso”.

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