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"Criticam política de afetos, mas com ela Marcelo faz sondagem" ao povo

Manuela Ferreira Leite teceu algumas considerações, esta quinta-feira, no seu espaço de comentário habitual da TVI24, sobre os incêndios e sobre o discurso de Marcelo Rebelo de Sousa.

"Criticam política de afetos, mas com ela Marcelo faz sondagem" ao povo
Notícias ao Minuto

22:35 - 19/10/17 por Anabela de Sousa Dantas

Política Ferreira Leite

Manuela Ferreira Leite diz acompanhar com “tristeza e preocupação” a “tragédia incrível que aconteceu em Portugal” nos últimos quatro meses, tendo resultado em mais de cem mortes.

A antiga ministra das Finanças apontou baterias às instituições, sublinhando que “os anúncios de alterações climatéricas que iam ocorrer eram algo que a comunicação social transmitia” e que todos ouviam e que, portanto, “as instituições que tem a seu cargo acorrer a tragédias nem para ocorrências pré-anunciadas estavam preparadas”.

Como possíveis razões para esta falta de preparação, e que “não são desculpa”, Ferreira Leite especula que a “mobilização dos meios e das estruturas esteja estabelecida em função da data e do calendário em que ocorrem as situações”, “algo de uma certa desorganização e, com certeza, de alguma incompetência”.

Por outro lado, refere, o pedido de um relatório aos acontecimentos de Pedrógão, “que obviamente necessário”, teve uma consequência: “Ficou toda a gente de braços cruzados à espera do relatório e não se fez absolutamente nada”.

Em relação a medidas, a comentadora sustenta que a discussão já não é a reforma das florestas. “Não se fale mais na reforma das florestas, não precisamos mais de uma coisa para daqui a dez anos”, atirou, deixando claro que se espera “algo de muito eficaz a curto prazo”.

“Discurso do Presidente da República foi notável”

Sobre o discurso de Marcelo Rebelo de Sousa, onde o chefe de Estado assumiu uma postura bastante mais assertiva em comparação com intervenções anteriores, Manuela Ferreira Leite deixa elogios, dizendo que “foi um discurso notável”.

“Um misto de sentimento com análise objetiva, concreta, lúcida e também incisiva”, descreveu, falando numa intervenção politicamente “muito relevante” e que o fez “ter uma posição muito diferente desta vez”.

“Muitas pessoas criticam a política de afetos [de Marcelo] mas, muito provavelmente, com esse tipo de atitudes, faz ele próprio um tipo de sondagem que outras sondagens não conseguem”, explica a antiga líder do PSD.

O discurso mais ríspido para com as autoridades, garante, deve-se a isso mesmo. “Ele sabe isso, ouve isso, assimila e agiu. Percebeu que a situação, a forma como as pessoas ficaram não era propriamente a mesma, e não era para esquecer. Nós quase que já tínhamos esquecido Pedrógão”, terminou.

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