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Tancos: "Há uma certa perplexidade" perante declarações de ministro

A líder do Bloco de Esquerda afirmou hoje que "há uma certa perplexidade" quando o Governo diz não saber se existiu ou não roubo nos paióis de Tancos depois do tempo já decorrido.

Tancos: "Há uma certa perplexidade" perante declarações de ministro
Notícias ao Minuto

18:04 - 12/09/17 por Lusa

Política Catarina Martins

"Há uma certa perplexidade quando o Governo, depois do tempo todo que já passou, diz que não sabe se existiu ou não um roubo em Tancos. Eu acho que nós temos que compreender o que é que significam estas declarações, porque é que elas são feitas", disse Catarina Martins, referindo-se a uma entrevista dada pelo ministro da Defesa ao Diário de Notícias e à TSF.

A coordenadora do Bloco falava aos jornalistas nas Sete Cidades, concelho de Ponta Delgada, nos Açores, onde visitou o Centro Experimental de Agricultura Biológica dos Serviços de Desenvolvimento Agrário de São Miguel.

Catarina Martins adiantou que o BE considera "muito importante" que o ministro da Defesa vá ao parlamento prestar esclarecimentos sobre esta matéria.

Questionada sobre a eventual exigência de responsabilidades políticas, a coordenadora do Bloco frisou que "a responsabilidade política primeira é dizer o que é que se passou para depois" se poder "apurar quem teve responsabilidade no que aconteceu".

"Nós achamos que tem de haver respostas e o Bloco de Esquerda faz sempre todas as perguntas", garantiu, para acrescentar: "Não podemos ficar na situação de o Governo nos dizer que não sabe ou não se existiu um roubo em Tancos".

Em entrevista publicada no domingo no Diário de Notícias e transmitida na rádio TSF, o ministro da Defesa, Azeredo Lopes referiu-se à falta de provas visuais, testemunhais ou confissão e admitiu que "no limite" pode não ter havido qualquer roubo.

"No limite, pode não ter havido furto nenhum. Como não temos prova visual nem testemunhal, nem confissão, por absurdo podemos admitir que o material já não existisse e que tivesse sido anunciado... e isto não pode acontecer", disse.

Em junho, o Exército revelou a violação dos perímetros de segurança dos Paióis Nacionais de Tancos e o arrombamento de dois 'paiolins', tendo desaparecido granadas de mão ofensivas e munições de calibre nove milímetros.

Entre o material de guerra furtado dos Paióis Nacionais de Tancos estavam "granadas foguete anticarro", granadas de gás lacrimogéneo e explosivos, segundo a informação divulgada pelo Exército.

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