"Cavaco no fundo disse umas verdades, inconvenientes, mas umas verdades"
Luís Marques Mendes comentou este domingo, no seu espaço de opinião da SIC Notícias, o discurso de Cavaco Silva na Universidade de Verão do PSD.
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Política Marques Mendes
Cavaco Silva, ex-Presidente da República, esteve presente na Universidade de Verão do PSD e as suas palavras fizeram eco. Primeiro, ao criticar a austeridade que não resultou “em três casos”, nomeando a França e a Grécia, mas sem mencionar Portugal, e depois ao criticar os governos que querem realizar a revolução socialista e “acabam por perder o pio ou fingem que piam”, dirigindo de forma indireta algumas críticas também a Marcelo Rebelo de Sousa.
Marques Mendes, no seu espaço de opinião da SIC Notícias, indicou que, relativamente ao conteúdo, “é difícil não reconhecer que Cavaco Silva tem carradas de razão naquilo que disse”.
“Falando de Hollande e de Tsipras, em matéria de austeridade, estes tiveram entradas de leão e saídas de sendeiro”, indicou o social-democrata, admitindo que os planos apresentados falharam e que, de facto, conforme disse Cavaco, “a realidade acabou por derrotar a ideologia”.
Em relação à política nacional, Marques Mendes referiu que concorda que o aumento da despesa pública e o aumento de impostos não ajudam o país a ser competitivo. Paralelamente, “António Costa e os seus parceiros prometeram que o crescimento ia ser feio na base do consumo e investimento público e está a ser feito com base no investimento privado e com base das exportações”, indicou. “Cavaco no fundo disse umas verdades, inconvenientes, mas umas verdades”, concluiu.
A crítica do antigo líder do PSD reside na forma do discurso do ex-Presidente da República. “Não foi muito feliz”, afirmou, destacando a “linguagem que usou em alguns momentos”, como “a questão do pio”. “Não é o ‘soundbite’ mais adequado para um ex-Presidente da República”, asseverou.
“Não é muito feliz ao criticar, ainda que indiretamente, o atual Presidente da República porque não é justo e é um mau precedente. Existe uma prática instalada em Portugal há muitos anos que é: o Presidente que sai não critica o Presidente que entra”, acrescentou o comentador, apontando que “ao longo deste mandato de ano e meio, Marcelo Rebelo de Sousa tem tratado com correção e dignidade Cavaco Silva”.
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