Marisa Matias vai ser DJ por uma noite nas 'Dijsselbloem Nights'
A eurodeputada Marisa Matias é hoje uma das animadoras da festa 'Dijsselbloem Nights', assumindo o papel de "DJ M&M" num evento promovido em Bruxelas pelo Grupo da Esquerda Unitária para "combater os estereótipos" relativamente aos países do sul.
© Reuters
Política Bruxelas
Na sequência da polémica entrevista do presidente do Eurogrupo em março passado ao jornal Frankfurter Zeitung, na qual Jeroen Dijsselbloem afirmou, referindo-se aos países do Sul da Europa, que "não se pode gastar todo o dinheiro em copos e mulheres e depois pedir ajuda", o Grupo da Esquerda no Parlamento Europeu -- que integra Bloco de Esquerda e PCP -- organiza hoje e quarta-feira duas 'soirées' dedicadas à cultura e diálogo, a primeira das quais grega, portuguesa e cipriota (e a segunda italiana e espanhola).
Na festa de hoje, a ter lugar no coletivo Garcia Lorca, no centro de Bruxelas, a eurodeputada Marisa Matias, do Bloco de Esquerda, será uma das protagonistas, ao assumir o papel de "DJ M&M", alcunha que tinha na escola como resultado das iniciais do nome e apelido.
Em declarações à Lusa, Marisa Matias confidenciou que esta será a primeira vez que fará de 'disc-jockey' e revelou que começará por reproduzir a mensagem do posto de comando da noite de 25 de abril de 1974 e o "Grândola, Vila Morena", para de seguida "percorrer um bocadinho aquilo que é a história da música portuguesa nos últimos anos", desde a revolução.
A deputada ao Parlamento Europeu afirmou que o objetivo destes serões é "desmistificar preconceitos", como aqueles manifestados pelo político holandês, mostrando "que há uma cultura muito mais vasta e muito mais rica" nos países do sul, o que inclui também uma mostra de produtos gastronómicos.
Marisa Matias revelou que Dijsselbloem foi convidado, não tendo ainda respondido.
As polémicas declarações de Jeroen Dijsselbloem levaram o Governo português a pedir a sua demissão, tendo o presidente do Eurogrupo, ainda em funções, recusado colocar o lugar à disposição devido ao que classificou como um mal-entendido em torno de palavras que admitiu terem sido infelizes "na forma".
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