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"Defesa diplomática de direitos não deve ser confrontacional"

O ministro dos Negócios Estrangeiros defendeu hoje que a diplomacia não deve ter uma "abordagem confrontacional" quando defende os direitos humanos junto de países que os violam, entendendo que interessa que vão progredindo.

"Defesa diplomática de direitos não deve ser confrontacional"
Notícias ao Minuto

12:19 - 26/06/17 por Lusa

Política Santos Silva

"Não temos uma abordagem confrontacional. Não entendemos que a questão dos direitos humanos deva ser usada para um extremar das relações ou numa lógica de confrontação", disse Augusto Santos Silva à agência Lusa.

O ministro falava no Ministério dos Negócios Estrangeiros, à margem de uma conferência para assinalar os 30 anos da convenção das Nações Unidas contra a tortura e tratamentos cruéis, desumanos e degradantes.

Portugal tem procurado levar as determinações da convenção e do Conselho da Europa às relações que mantém com outros países, por exemplo, na fundação da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, em que pôs a abolição da pena de morte como condição obrigatória para a adesão.

A questão pôs-se na adesão da Guiné Equatorial à organização, em 2014, que levou este país a impor uma moratória àquele castigo, faltando consagrar a abolição.

Santos Silva afirmou que o respeito pelos direitos humanos não se reflete com "uma fotografia" mas "com um filme", um processo.

Portugal coloca sempre a questão dos direitos humanos, seja "nas consultas políticas", seja nas reuniões entre membros de governos, afirmou.

Considerou que a diplomacia portuguesa faz um "trabalho persistente de diálogo e responsabilização" dos países em que se verifiquem casos contra os quais a convenção se dirige.

Por exemplo, quando se condenam "os ataques terroristas, as prisões arbitrárias, os despedimentos políticos ou o cerceamento da liberdade dos 'media'", enunciou.

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