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Morais Sarmento quer ajudar a construir "etapa nova" no PSD

O ex-ministro Nuno Morais Sarmento assumiu hoje a vontade de ajudar a construir uma "etapa nova" na vida do PSD, "para já" com uma cadidatura em Lisboa, que não exclui como um caminho para outras disputas.

Morais Sarmento quer ajudar a construir "etapa nova" no PSD
Notícias ao Minuto

20:57 - 23/06/17 por Lusa

Política Ex-ministro

"Os próximos passos serão necessariamente aqueles que resultarem da vontade conjunta destes militantes todos que aqui se juntaram. Onde é que ela para? O futuro nos dirá", afirmou Morais Sarmento, questionado pelos jornalistas sobre se admite candidatar-se à liderança do PSD no próximo Congresso do partido.

Morais Sarmento encabeça uma lista de delegados pela secção de Lisboa à Assembleia Distrital, hoje apresentada, não disputando nem a liderança da distrital, que deverá ter como candidato único Pedro Pinto, nem a presidência da Mesa da Assembleia Distrital, a que já concorreu no passado, em eleições marcadas para 01 de julho.

Questionado sobre esta opção, o ex-ministro de Durão Barroso e Santana Lopes disse não ter problemas em assumir combates e salientou que já o fez no passado.

"Mas há alturas em que podemos dar o sinal de que participar politicamente não é necessariamente disputar poderes e concorrer a lugares, pode ser apenas um gesto cívico de um conjunto de militantes que conhecem o partido e que reconhecem que a hora é difícil para o partido e para o país", disse, classificando esta lista como "um grito de urgência".

Interrogado sobre o que vai mudar se tiver um bom resultado nas eleições internas de 01 de julho para a distrital de Lisboa, o advogado e comentador político respondeu: "Vai mudar a Assembleia Distrital de Lisboa, apenas, e para já", disse.

"Um dia de cada vez", respondeu, questionado sobre a forma como as eleições autárquicas de 01 de outubro poderão pesar nesse futuro.

A apresentação da lista, com o lema "Lisboa Sempre", decorreu numa sala de um hotel de 5 estrelas em Lisboa e contou com a presença dos ex-ministros Pedro Roseta e Graça Carvalho, os ex-secretários de Estado Feliciano Barreiras e José Amaral Lopes, José Arantes e o antigo líder da distrital de Lisboa do PSD António Preto, entre outros.

Manuela Ferreira Leite foi apresentada como primeira subscritora da lista, mas não esteve presente.

No seu discurso, perante uma sala cheia com cerca de 200 pessoas, Sarmento classificou a presença dos militantes "num momento difícil do PSD" como um sinal: "A motivação que nos levará primeiro ao próximo sábado [dia 01 de julho, data das eleições para a distrital] e depois a ajudar a construir todos juntos um novo PSD", afirmou.

Sobre o atual momento do partido, Morais Sarmento disse que vive uma situação de "alguma apatia política, algum exílio político".

Apesar de elogiar o Governo liderado por Passos Coelho - sem citar o seu nome - na forma como retirou o país do programa de ajuda financeira, Morais Sarmento considerou que o partido ficou "preso ao outubro de 2015", quando venceu as legislativas, mas não conseguiu formar Governo.

"A ausência do PSD tem contribuído para uma ilusão de unanimismo, há que tornar claro qual o combate político e as opções: de um lado, os que acham que o país está pronto e acabado, como António Costa, e do outro lado estamos nós", afirmou o ex-ministro da Presidência, defendendo que se vive "um momento decisivo na história do partido".

"Isso significa a obrigação de participar, não para criticar, não para culpar, mas para ajudar a pensar e a construir a necessária nova etapa na vida do PSD", acrescentou.

Para Morais Sarmento, os militantes que integram e apoiam a sua lista estão "muito melhor preparados do que aqueles que são hoje ou pretendem vir a ser os decisores dos destinos do PSD".

"E neste caminho Lisboa é fundamental", disse, lembrando combates passados nesta distrital.

Além de Morais Sarmento, discursaram Rodrigo Gonçalves, líder interino da concelhia de Lisboa, e o ex-ministro Pedro Roseta que apontou a importância da lista encabeçada por Sarmento para assegurar o "pluralismo próprio da democracia".

"Não pode haver unanimismos", vincou.

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