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PSD e PPM acusam Costa de "continuar a agir" como autarca de Lisboa
A candidatura autárquica Porto Autêntico acusou hoje António Costa de "continuar a agir" como presidente da Câmara de Lisboa e não como primeiro-ministro, depois da anunciada intenção do Governo em candidatar a cidade lisboeta para acolher uma agência europeia.
© Global Imagens
Política EMA
Em comunicado enviado à agência Lusa, a Porto Autêntico, a coligação que junta PSD e PPM e é encabeçada por Álvaro Almeida como candidato à Câmara do Porto, considera que os argumentos apresentados pelo primeiro-ministro para candidatar Lisboa a acolher a Agência Europeia do Medicamento (EMA) "não são válidas".
Numa carta dirigida ao presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, na quinta-feira, e hoje divulgada, António Costa dá conta da decisão de candidatar Lisboa a sede da EMA, apontando como justificação "ser fator de preferência a existência de Escola Europeia, que só Lisboa poderá vir a ter" e a "conveniência da proximidade do Infarmed", lê-se.
"As razões invocadas por António Costa não são válidas porque a criação de uma escola europeia não depende da instalação da EMA em Lisboa, e nada impede que o Infarmed continue em Lisboa e a EMA se instale no Porto", refere a Porto Autêntico.
A candidatura PSD/PPM à autarquia portuense lembra que "o Porto também é sede da Entidade Reguladora da Saúde - recorde-se que por decisão de um Governo do PSD - pelo que se a existência de uma instituição de regulação na saúde fosse um requisito, também esse requisito o Porto cumpriria".
A escolha de Lisboa, segundo a Porto Autêntico, demonstra que "António Costa continua a agir como Presidente da Câmara de Lisboa e não como Primeiro-Ministro de Portugal".
No referido comunicado, é ainda criticado o atual autarca portuense, sendo-lhe apontadas culpas pela decisão do Governo de preterir o Porto.
Isto porque, explica o texto, a Candidatura Porto Autêntico apresentou os argumentos a favor da instalação da EMA no Porto "publicamente pela primeira vez", no dia 29 de abril, "o mesmo dia em que o Governo anunciou a intenção" de a trazer para Portugal aquele organismo europeu, tendo exortado a "Câmara do Porto a imediatamente apresentar a sua candidatura".
Mas, explicam o PSD/PPM, "Rui Moreira e o Partido Socialista ignoraram" o pedido da Porto Autêntico.
"Só 18 dias depois, e nomeadamente só depois do "divórcio" com os socialistas, é que Rui Moreira falou publicamente sobre o assunto pela primeira vez. Foram quase três semanas que a candidatura do Porto perdeu devido à inação de Rui Moreira, e que podem ter sido comprometedoras para o sucesso de tal candidatura", acusa.
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